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Ex-presidiária transformada em heróina: neta de Flordelis lidera projeto para ajudar ex-colegas de cela com ajuda de advogado

Rayane Oliveira foi encontrada pela ex-deputada e pastora Flordelis quando tinha 15 dias de vida. Desde então, foi criada como neta. 

Assessora parlamentar da avó quando esta foi acusada e presa pela morte do marido pastor Anderson Oliveira, Rayane também foi levada ao presídio, onde ficou por dois anos e dois meses, até ser absolvida em julgamento recente.

Neta de Flordelis encabeça projeto para que detentas possam ter acesso a advogado

Rayane deu entrevista por vídeo e contou que dividiu a cela com 130 detentas, muitas delas presas por crimes de menor potencial ofensivo. Disse que não guarda mágoas por ter ficado tanto tempo presa, sendo inocente, e que só passou “pelo que tinha de passar”; e que, por incrível que pareça, é “feliz”.

Rayane não entrou no mérito – nem foi perguntada a respeito – sobre se Flordelis é inocente, mas disse que não comentaria o caso porque o processo está em fase de recurso.

A neta de Flordelis contou na entrevista que procurou o conhecido e competente advogado Wellington Miranda, que mantém escritório em São Gonçalo (RJ), para contratá-lo a fim de defender as muitas detentas que conheceu.

Ela pretende ajudar as detentas que, muitas vezes, são inocentes, ou que cometeram crimes menores, e que, com razão, “não devem ficar tantos anos presas porque não podem pagar advogado ou porque são defendidas pela assoberbada Defensoria Pública”. 

O advogado, que também é voltado a projetos sociais, disse que faria o trabalho sem custos, colocando sua equipe à disposição para defender essa turma excluída da sociedade.

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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