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‘O Estripador de Lisboa’: conheça a história do primeiro serial killer português

Recordando: A história de 50 anos atrás do infame O Estripador de Lisboa

Quando relembramos a história da criminalidade em Portugal, um nome ecoa nas memórias de qualquer profissional e entusiasta do assunto: O Estripador de Lisboa. Ele foi a figura central de um período turbulento no país, seguido por casos de assassinatos que tanto chocaram em sua época. Passados exatos 50 anos desta história, mergulhamos de volta e revisitamos este caso intrigante.

O Estripador de Lisboa, originário das serranias da Beira Baixa, teve sua trágica trajetória marcada por motivações extremamente pessoais e passionais. Segundo relatos da época, motivado por uma suposta mensagem divina, desceu até Lisboa com uma missão: eliminar o que considerava o principal pecado da humanidade, a homossexualidade masculina.

Estripador de Lisboa
Imagem: reprodução/ Harald Matern no Pixabay

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Exterminador ou louco?

A sagacidade serial killer era evidente. Ele utilizava-se de seu carisma para atrair suas vítimas, levando-as para quartos de pensão onde as estrangulava. Após o ato de violência, esquartejava seus corpos e os depositava próximo a linhas d’água, acreditando que ali, as almas seriam purificadas.

Ao todo, cinco pessoas sofreram as consequências fatais da crença deturpada do Estripador de Lisboa. As investigações da época, conduzidas de maneira primorosa, logo chegaram ao comerciante da Beira Baixa, que prontamente confessou e justificou seus crimes.

As revelações finais do Estripador de Lisboa

O Estripador de Lisboa foi encarcerado na antiga Penitenciária de Lisboa. Ali, criou uma curiosa empatia com o agente da Judiciária responsável pelo seu caso, a quem relatou suas motivações e intenções. Durante essas conversas, O Estripador de Lisboa sinalizou que tinha como alvo mais dois indivíduos. Porém, dessa vez, não eram homossexuais, e sim dois guardas prisionais que o haviam agredido. O agente da Judiciária, num ato de desespero, implorou para que o Estripador de Lisboa não matasse ninguém mais.

O Estripador de Lisboa aceitou o pedido, mas impôs uma condição. Ele teria que tirar a própria vida. Na manhã seguinte, foi encontrado morto em sua cela, pendurado pelo pescoço, mantendo a palavra até seus últimos momentos.

Estripador de Lisboa
Imagem: reprodução/ Observador

O Estripador de Lisboa x Sucateiro de Carqueja

Comparar O Estripador de Lisboa ao caso do Sucateiro de Carqueja, ocorrido em Carqueja, Torres Vedras, pode ser uma tarefa complexa. Embora ambos sejam lembrados como assassinos brutais, suas personalidades e motivações divergem. O Sucateiro, autor de três homicídios chocantes, não ostenta em sua história uma obsessão similar à de O Estripador de Lisboa, tornando cada caso uma peça única na história da criminalidade Portuguesa.

Essas histórias, embora gélidas e revoltantes, revelam as profundezas sombrias da mente humana e, por isso, devem ser lembradas e estudadas para que possamos entender cada vez melhor o comportamento humano e como prevenir atos tão horrendos.

Redação

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