‘O Exorcista’: grande clássico do cinema mundial teve ator condenado por assassinato; entenda
O insólito caso de Paul Bateson: ator de “O Exorcista” ou serial killer?
O ano era 1973 e o mundo do cinema conhecia uma das maiores obras-primas do terror, o longa “O Exorcista“. Nesse cenário, um rosto a mais na multicolorida tapeçaria de Hollywood — Paul Bateson — surge com uma história inusitada que une o universo do cinema e as manchetes policiais.
Bateson, que encarnou um tecnólogo radiológico na famosa cena do angiograma de “O Exorcista”, se viu em meio a um turbilhão de controvérsias na década de 70. A sombra desse belo passado, contudo, não seria capaz de ocultar as sinistras acusações que recaíram sobre ele posteriormente.
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Ator de O Exorcista Paul Bateson: a lenda do serial killer
A aura macabra em torno de Bateson começou a tomar forma em 1977, quatro anos após o lançamento de “O Exorcista”, quando o ator foi condenado pelo brutal assassinato de Addison Verrill, um jornalista encontrado mutilado em seu apartamento em Greenwich Village, Nova York.
Bateson, culpado ou vítima de uma falsa narrativa?
Além da macabra morte de Verrill, seis outros homens homossexuais, também mutilados e jogados no rio Hudson, foram erroneamente ligados a Bateson. Esta história se espalhou e, sem provas suficientes, firmou o ator como um suposto serial killer, mesmo após sua condenação a 20 anos de prisão pelo homicídio de Verrill.
Após cumprir sua sentença, pouco se sabe sobre a vida de Bateson. Seu rastro desaparece, embora o estigma de serial killer ainda permaneça linkado a sua figura. Uma entrevista ao The Hollywood Reporter em 2012 trouxe novamente à tona essa teoria, quando o diretor de “O Exorcista”, William Friedkin, relembrou uma das conversas que teve com Bateson na prisão.
Paul Bateson: um mito criado por Hollywood?
A conversa entre Bateson e Friedkin serviu de inspiração para o filme seguinte do diretor, “Cruising”, sobre a investigação dos assassinatos de homens gays em Nova York nos anos 70. Isto fez com que a revista Esquire, em 2018, questionasse se o próprio Friedkin não estava incentivando e perpetuando o mito em torno da figura de Bateson.
Para a Esquire, a temática do filme Cruising e a enigmática figura de Bateson se entrelaçaram, criando uma narrativa fantasmagórica que, apesar de intrigante, não encontra respaldo em provas concretas. O veredito? Paul Bateson, provavelmente, nunca foi um serial killer.
Bateson, que foi libertado em 2003, sumiu da mídia e não foi mais encontrado, alimentando ainda mais a lenda em torno de sua figura. Sem dúvida, uma ótima trama para quem adora os mistérios envoltos na sétima arte e o suspense digno de um filme de terror.