Como explicar a atração e a paixão de mulheres por serial killers?
O Deslumbramento Macabro: Mulheres que se apaixonam por criminosos
Em 2023, a figura do “Maníaco do Parque” ainda assombra o imaginário coletivo brasileiro. Francisco de Assis Pereira, condenado a 285 anos de prisão pelos crimes de estupro e homicídio, surpreendeu não apenas pelo cruel modus operandi, mas também, pela quantidade de admiradoras que conquistou ao longo do seu julgamento.
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A atração pelo perigo
Enquanto era julgado, Francisco recebeu milhares de cartas de mulheres de todo o país. Entre elas, uma pós-graduada em História, com quem posteriormente se casou. Entretanto, a realidade não correspondeu à idealização romântica, e o casamento logo se desfez em meio a comportamentos violentos e alterações de humor.
Por que mulheres se sentem atraídas por criminosos?
A pergunta que muitos se fazem é: por que essas mulheres se sentem atraídas por criminosos brutais? A resposta passa por vários campos da psicologia e do comportamento humano.
Uma busca por empatia
A admiradora se identifica com a rejeição social e o isolamento do criminoso, romantizando suas ações violentas. O perfil predominante, conforme a autora norte-americana Sheila Isenberg, é de mulheres marcadas por histórias pessoais de abuso e infâncias dolorosas.
A glamorização dos criminosos na mídia
Historicamente, os criminosos chamam a atenção do público, atraem legiões de fãs e conquistam fama mundial. Eles viram celebridades, principalmente pela cobertura midiática e a exploração do entretenimento em torno de suas histórias. Um caso emblemático é o do norte-americano Ted Bundy, estuprador e assassino de mais de 30 mulheres, que recebeu mais de 200 cartas de fãs por dia e se casou com uma delas enquanto estava condenado à morte.
Hibristofilia: a atração pelo inaceitável
Atualmente, a atração pelo indivíduo perigoso é classificada como hibristofilia. O criminoso seduz a fã, que busca incansavelmente em seu imaginário a ideia do amor regenerador. Apesar das inúmeras pesquisas e estudos relacionados ao tema, um fato se mantém: a psicopatia não tem recuperação nem cura.