O que se sabe e o que falta saber sobre a morte de Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes

Caso Marielle Franco: Novidades na apuração preenchem lacunas do crime chocante

Passados mais de cinco anos, muitos mistérios ainda envolvem o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, bem como do seu motorista Anderson Gomes. O crime, que aconteceu em 2018, é sem dúvida um dos mais chocantes da história política recente do Brasil, com ressonância internacional. Somente recentemente, novas informações sobre o caso emergiram, com uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público realizada na segunda-feira de 24/07.

Tal operação buscou trazer ao público algumas respostas para perguntas que até então pairavam no ar. Quem foram os responsáveis pelo crime? Quem planejou o assassinato? Quem efetuou os disparos? Apesar das investidas policiais nos últimos anos, tais respostas nunca foram completamente respondidas até agora.

Marielle Franco
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Quem são os principais suspeitos do caso Marielle Franco?

O ex-policial militar Élcio Queiroz é o primeiro nome da lista de suspeitos. Este, preso em março de 2019, realizou uma delação premiada e confessou ter dirigido o carro usado no crime. Além de Queiroz, Ronnie Lessa, ex-sargento da PM, é acusado de ser o autor dos disparos. Outros indivíduos, como Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, também estão na mira das autoridades. A lista de suspeitos ainda engloba outros nomes que foram surgindo ao longo da operação policial.

Quais suspeitos morreram durante as investigações do caso Marielle Franco?

Alguns envolvidos no crime perderam a vida no decorrer das investigações. Edmilson Oliveira da Silva, conhecido como Macalé, que foi suspeito de participação no crime, foi executado em novembro de 2021. Outro nome é do miliciano Adriano da Nóbrega, que foi morto em fevereiro de 2020 durante ação policial na Bahia.

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Por que a PF entrou no caso?

A entrada da PF no caso aconteceu após o delegado que estava à frente das investigações, Giniton Lages, ser afastado em 2019. Houve trocas constantes de delegados e diversos entraves que culminaram com a entrada da Polícia Federal. As estratégias apontam para um compromisso com a elucidação do crime, sobretudo após a eleição do presidente Lula.

Espera-se que as novas frentes de investigação possam desvendar os entrelaces criminosos que culminaram com a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes. O caso, que provocou revolta e comoveu o país, permanece como uma ferida aberta na sociedade brasileira, representando a impunidade e a violência política.