Operação Cameroceras: Polícia prende três pessoas por venda de pornografia infantil online em Goiás
Operação Cameroceras prende três pessoas em Goiás por venda de pornografia infantil online
Na manhã de terça-feira, 20 de fevereiro, a Polícia Civil de Goiás (PC-GO) divulgou o desfecho de uma operação que prendeu três indivíduos envolvidos na comercialização de material pornográfico infantil na internet. A Operação Cameroceras teve início há seis meses e culminou na descoberta de uma associação criminosa que operava em grupos virtuais para disseminar e lucrar com esse tipo de conteúdo.
Em uma série de conversas via WhatsApp, um dos sujeitos afirmou possuir mais de cinco mil vídeos e outros materiais pornográficos envolvendo crianças. “Tenho tudo, de 10 anos para cima e para baixo também (risos)”, dizia o suspeito nos prints divulgados pela PC.
Leia mais:
Paulo Paim denuncia aumento de casos de racismo no Brasil
Falsa diretora do PL aplica golpes vendendo passagens aéreas falsas para Portugal
O crime não pode ser justificado
A delegada Marcela Orçai, encarregada da investigação, argumentou que o caso vai além do mero armazenamento de imagens. “Para aquela imagem ser armazenada, alguma criança foi abusada. Para haver o armazenamento, tem que haver o estupro e tudo é crime, e é muito grave”, explica a delegada.
A Operação Cameroceras, realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos, contou com a participação de mais de 70 policiais civis e o apoio do grupo tático operacional CORE/GT3.
Ações de busca e apreensão
Mandados de busca, apreensão e prisão foram executados em onze cidades goianas, incluindo Goiânia, Aparecida de Goiânia, Trindade, Inhumas, Senador Canedo, Anápolis, Mara Rosa, Uruaçu, Mozarlândia, Jataí e Mineiros.
Um dos detidos, um homem de 32 anos de Goiânia, era responsável pela criação de diversos grupos de venda de material de exploração sexual infantojuvenil. Ele enviava convites e “amostras” dos materiais como isca para futuras vendas.
Outras quinze pessoas foram alvo de mandados de busca e apreensão, e duas foram presas em flagrante por manterem em seus computadores fotos e vídeos de pornografia infantil no momento das buscas. Uma das detenções ocorreu em Senador Canedo e outra em Mara Rosa, sendo que um dos presos é um cadeirante. Durante as operações, objetos como celulares, computadores e notebooks foram confiscados e serão examinados pela perícia.
Todos os detidos em flagrante são suspeitos de armazenamento de conteúdo de exploração sexual de crianças e adolescentes. O crime é inafiançável. A Operação Cameroceras segue investigando o caso em busca de possíveis outros envolvidos.
Fonte: G1