Operação do MP prende policiais envolvidos com lavagem de dinheiro, agiotagem e extorsão
Gaeco de Juiz de Fora deflagrou a operação com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em atividades ilícitas
Nesta terça-feira, 18 de julho, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora, vinculado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), deflagrou uma operação com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em atividades ilícitas. Essa organização era responsável pela lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas, além de praticar agiotagem e extorsão. A operação resultou na execução de 13 mandados de prisão preventiva, 24 mandados de busca e apreensão, e aplicação de medidas de sequestro e indisponibilidade de bens, que totalizam mais de R$ 16 milhões.
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Os alvos dos mandados estão localizados nas cidades de Juiz de Fora e Anchieta, no Espírito Santo. Entre os indivíduos investigados, dez são suspeitos de cometerem os crimes de agiotagem, extorsão, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.
O processo judicial referente a essas ações criminosas está em andamento na 1ª Vara Criminal de Juiz de Fora, que é responsável pela expedição das ordens judiciais relacionadas à operação. A investigação teve origem a partir de denúncias feitas pela Polícia Militar de Minas Gerais, já que entre os alvos estão agentes de segurança pública que estiveram diretamente envolvidos nas práticas criminosas.
As provas coletadas durante a operação evidenciam a relação estreita dos suspeitos com grandes traficantes de drogas em Juiz de Fora
De acordo com o MPMG, as provas coletadas durante a investigação evidenciam a relação estreita dos suspeitos com grandes traficantes de drogas em Juiz de Fora. O dinheiro proveniente do tráfico de drogas era canalizado para empresas de fachada, como instituições financeiras e empréstimos, que, por sua vez, emprestavam esses recursos para clientes de baixa renda, cobrando juros abusivos que alcançavam mais de 20% ao mês.
Quando os clientes atrasavam os pagamentos, eles eram ameaçados e coagidos pela organização, que sempre fazia questão de deixar claro que o dinheiro estava vinculado ao tráfico de drogas.
Ao longo da investigação, ocorreram dois homicídios relacionados direta e indiretamente aos membros da organização criminosa, podendo estar associados aos fatos denunciados. A operação contou com a participação de policiais militares da Corregedoria da Polícia Militar, do Comando de Policiamento Especializado (CPE) e do 9º Batalhão, além de policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais de Minas Gerais e Espírito Santo (CORE), policiais rodoviários federais e agentes penitenciários. O Gaeco de Juiz de Fora recebeu o apoio dos Gaecos de Pouso Alegre, Varginha, Montes Claros e Ipatinga durante a operação.
Fonte: Guia Muriaé