Operação para controlar maior presídio do Paraguai deixa vários mortos
Governo paraguaio recupera controle do maior presídio do país
Na última segunda-feira (18), o governo paraguaio anunciou ter retomado o controle da maior prisão do país, Tacumbú, após uma operação considerada “histórica e sem precedentes”. A ação teve como objetivo transferir detentos e foi marcada por confrontos que resultaram em pelo menos 10 mortes.
Operação envolve mais de 2.000 agentes de segurança
Para realizar a realocação de aproximadamente 700 detentos em Tacumbú, a operação contou com a participação de mais de 2.000 policiais e militares.
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A prisão encontrava-se superlotada e parcialmente dominada por um grupo criminoso local denominado “clã Rotela”.
Baixas e confrontos durante a ação
Durante a operação, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, lamentou a morte do policial Martín Mendoza. O comandante da polícia, Carlos Benítez, relatou que outros nove detentos perderam a vida. O confronto armado foi intenso, com 36 policiais feridos, sendo que a invasão da prisão encontrou resistência armada.
Desmantelamento de esquema criminoso em Tacumbú
Em mensagem oficial, o presidente Peña destacou que, ao longo de décadas, a prisão de Tacumbú tornou-se um centro operacional para grupos criminosos. Esses grupos planejavam assaltos e distribuíam drogas de dentro da penitenciária.
A operação teve como objetivo desmantelar esse esquema que permitia a continuidade das atividades criminosas.
Transferência do líder do “Clã Rotela”
Durante a ação, as autoridades apreenderam um arsenal que incluía fuzis, espingardas, revólveres, pistolas, munição, explosivos caseiros, dinamite em gel e armas brancas em posse dos detentos.
Armando Rotela, líder do grupo que controlava parte da prisão, foi transferido para uma unidade de segurança máxima. O “clã Rotela” já havia sido acusado de liderar um motim em outubro, durante o qual detiveram funcionários da penitenciária e provocaram um incêndio nas instalações.