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Na última quinta-feira (06/05), uma operação foi deflagrada pela polícia do Rio de Janeiro uma operação policial em Jacarezinho (comunidade localizada na Zona Norte do estado). Segundo autoridades, a investida foi feita após denúncias de aliciamento de menores por supostos traficantes. 29 pessoas, incluindo um policial, foram mortos na ação.
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Operação policial em Jacarezinho
Nos arredores do local, um homem foi encontrado morto sentado em uma cadeira e com uma das mãos na boca, existindo suspeita de se tratar de uma execução.
A operação foi a mais letal da história do estado, superando recordes anteriores das operações registradas em Senador Camará (15 mortos em janeiro de 2003), no Alemão (19 mortos em junho de 2007) e na Vila Operária em Duque de Caxias (23 mortos em janeiro de 1998).
Segundo nota publicada pela Polícia Civil do RJ, a letalidade foi uma resposta aos traficantes armados do local:
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Foi possível caracterizar a associação dessas pessoas com a organização criminosa que domina a região, onde foi montada uma estrutura típica de guerra provida de centenas de ‘soldados’ munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo tipo de acessórios militares.
O procurador-Geral da República, Augusto Aras, já oficiou ao Governador do RJ e às demais autoridades do estado para que seja esclarecido em quais termos a operação foi realizada, considerando que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, havia determinado em 2020 a suspensão de todas as operações policiais nas comunidades do RJ em tempos de pandemia, na ADPF 635.
Pesquisadores da Universidade Federal Fluminense se manifestaram em nota oficial lamentando o caso:
O episódio de hoje nos leva a lamentar que a Polícia Civil tenha agido como um grupo de extermínio e não como órgão de segurança pública. Realizaram uma operação absolutamente desastrosa. (…) Os danos causados pela operação são infinitamente mais graves do que os crimes que ela pretendia combater.
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A organização não-governamental Human Rights Watch também veio à público, apontando que:
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O Ministério Público do Rio de Janeiro deveria iniciar imediatamente uma investigação minuciosa e independente da operação deflagrada hoje (6) na comunidade de Jacarezinho.
A Defensoria Pública do RJ e o MP afirmaram que estão acompanhando o caso.
*Esta notícia não reflete, necessariamente, o posicionamento do Canal Ciências Criminais
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