Cúpula do Comando Vermelho é transferida de presídio em operação sigilosa
Na última quarta-feira, 17 de janeiro, membros da alta cúpula do Comando Vermelho (CV) e membros de outras facções foram transferidos de presídios federais. A operação de transferência dos criminosos ocorreu de maneira sigilosa envolveu aproximadamente 100 policiais penais.
As práticas de transferência de alguns presos entres os centros federais é comum e serve para desarticular a organização de grupos criminosos. Entre os presos transferidos na última quarta durante a operação, estão Fernandinho Beira-Mar, Marcinho VP e Mano G.
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Descrição dos presos transferidos em operação sigilosa
Fernandinho Beira-Mar
Um dos presos transferidos durante a operação, Luiz Fernando da Costa, conhecido como Fernandinho Beira-Mar, estava na penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). A coluna Na Mira, do site de notícias Metrópoles, confirmou que o líder do CV foi escoltado e levado para o presídio de Mossoró (RN).
Em 2021, Fernandinho Beira-Mar afirmou, em um vídeo, que sofria maus-tratos na prisão do Mato Grosso do Sul, onde estava desde 2019.
Marcinho VP
Outro preso que foi transferido na operação, é o traficante Marcio Nepomuceno. Conhecido como Marcinho VP, chefe do Comando Vermelho, está preso há 21 anos ininterruptos. Nesse tempo, o traficante apontado como líder de uma das maiores facções do Brasil passou por diversas penitenciárias. Ele estava detido no Presídio Federal em Catanduvas (PR), de segurança máxima.
Em 2022, ele lançou o livro Marcinho verdades e posições — direito penal do inimigo. Na obra, feita com o jornalista Renato Homem, o detento conta sua trajetória no mundo do crime, nega as acusações feitas contra ele e comenta sobre a política brasileira.
Mano G
O traficante Gelson Lima Carnaúba, mais conhecido como o Mano G, também foi transferido. Ele compõe a facção criminosa Família do Norte (FDN), vista como um dos principais grupos do Amazonas. A FDN é apontada pela Polícia Federal como a terceira maior facção do Brasil.
A FDN é resultado da união de Mano G, e do traficante José Roberto Fernandes Barbosa, o Pertuba. De acordo com a PF, após passarem uma temporada cumprindo pena em presídios federais, os dois retornaram para Manaus, em 2006, determinados a se estruturarem como uma facção criminosa.
O resultado é o grupo que foi alvo da operação La Muralla, em 2015, flagrado movimentando milhões por mês com o domínio da “rota Solimões” – usada para escoar a cocaína produzida na Bolívia e no Peru por meio dos rios da região amazônica.
Fonte: Metrópoles