Primo de miliciano Tandera, operador financeiro do crime é preso no Rio
Apontado como operador da milícia no Estado do Rio, primo de miliciado foi detido pelas autoridades na noite de terça-feira, 24 de outubro.
De acordo com o governador Cláudio Castro (PL), que descreveu a prisão como um golpe significativo contra a organização, esse homem estava cometendo crimes em nome do miliciano Danilo Dias Lima, conhecido como “Tandera”.
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Operador da milícia no Rio de Janeiro é preso
André Felipe Mendes foi capturado em Ramos, na região norte da cidade. Ele é parente de Tandera, um dos fugitivos mais procurados do estado.
As investigações indicam que André seria o responsável pelas finanças da organização criminosa, encarregado de lavar o dinheiro obtido pelo grupo. Durante a prisão do suspeito, um fuzil e munição foram apreendidas.
Investigações envolvendo Tandera e morte de “Faustão”
Desde 2016, Tandera tem sido alvo de investigações da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público por envolvimento em atividades relacionadas a organização criminosa, homicídios, sequestros, tortura, extorsões e lavagem de dinheiro.
Após os ataques que resultaram no incêndio de mais de 30 ônibus na zona oeste da cidade, causados por milicianos em resposta à morte de Matheus Rezende, conhecido como “Faustão”.
O miliciado era parente do também miliciano “Zinho”, o governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a situação ultrapassou os limites do Rio de Janeiro e se tornou um problema de âmbito nacional. Ele descreveu os grupos criminosos como verdadeiras organizações mafiosas que se espalharam por todo o Brasil, mencionando estados como o Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte.
Mobilização das Forças Armadas
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou na terça-feira, 24 de outubro, que havia sugerido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a mobilização das Forças Armadas em áreas específicas do Rio de Janeiro.
Relembre o caso
Na segunda-feira, 23 de outubro, milicianos causaram tumultos na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, incendiando 35 ônibus e um trem, marcando assim o maior episódio de destruição de veículos na história do estado do Rio de Janeiro.