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Tragédia: paciente é morto durante internação compulsória com presença da Brigada Militar no RS

O falecido sofria de esquizofrenia crônica

Um paciente de 50 anos faleceu devido a um tiro fatal durante cumprimento de uma internação compulsória psiquiátrica, na cidade de Condor, que abriga cerca de 6 mil habitantes, na região Noroeste do Rio Grande do Sul.

De acordo com informações da Brigada Militar, durante a operação, o paciente opôs resistência e feriu um policial com um espeto. O falecido, que sofria de esquizofrenia crônica, estava sendo encaminhado ao Hospital Psiquiátrico Bezerra De Menezes por ordem judicial, a pedido de seus familiares.

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Fonte: RD Foco

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Dada a sua história de resistência anterior, as autoridades solicitaram a assistência da Brigada Militar para garantir a internação. Uma investigação será conduzida pela Brigada Militar para analisar a intervenção. A delegada regional responsável pelo caso em Condor, Aline Palma, informou que um relatório de ocorrência foi registrado, indicando um possível homicídio resultante de confronto com as forças policiais.

A Polícia Civil foi mobilizada e compareceu no local, acompanhando também a perícia realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). O incidente será minuciosamente investigado, e os depoimentos das pessoas que testemunharam o evento serão coletados.

O secretário de saúde informou que as equipes de saúde enfrentavam dificuldades para acessar a residência do paciente

De acordo com informações do secretário de Saúde do município, Eduardo Chagas, o paciente vivia sozinho e tinha acompanhamento de equipes de saúde, que enfrentavam dificuldades para acessar sua residência.

Chagas relatou que nas visitas anteriores, eles não conseguiram chegar perto da casa do homem, que havia instalado cercas de arame farpado e dispositivos de choque elétrico como obstáculos. Para cumprir a ordem judicial de internação, a Secretaria de Saúde solicitou o apoio do batalhão local.

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Fonte: RD Foco

Dois policiais militares acompanharam o processo de internação, que seria executado por funcionários da Secretaria, com a presença de um membro da família do falecido. De acordo com o secretário, o paciente estava exibindo um comportamento extremamente agressivo, chegando ao ponto em que mesmo o uso de armas não letais, como o choque elétrico, não conseguiu contê-lo.

O indivíduo atacou um dos policiais com um espeto, atingindo o colete de proteção, e também portava uma faca. Diante da resistência, a Brigada Militar afirmou que o tiro foi considerado necessário para proteger os presentes.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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