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Pacientes denunciam biomédico por erro em procedimentos: “acabou com a minha vida”

Novas vítimas de biomédico que promete tratamento ‘levantar o bumbum’ começam a aparecer

Após denúncias brevemente reveladas pelo Metrópoles sobre problemas de saúde graves causados em pacientes que realizaram o tratamento estético vendido por um biomédico para aumentar o bumbum, novas vítimas emergem. Uma mulher de 46 anos, residente de Brasília, desejando manter o anonimato, compartilhou seu temor de perder a vida devido a complicações de saúde decorrentes desse procedimento. “Estou com muito medo de morrer”, disse a mulher.

Segundo a paciente, ela procurou o biomédico e influencer Rafael Bracca para realizar um procedimento de nome “protocolo TX-8”, destinado ao aumento dos glúteos, no começo deste ano. “Isso acabou com a minha vida”, lamenta a paciente, reforçando que o tratamento que prometia beleza trouxe, na verdade, dor e aflição.

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Rafael Bracca. Imagem: Metrópoles

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De uma promoção à dor e medo

A vítima revelou que iniciou o protocolo indicada por uma amiga e que era para realizar 20 sessões na clínica de Bracca. Entretanto, o procedimento foi interrompido quando ela passou a sentir fortes dores.

“Doía muito, eu tinha muito incômodo. Em um dia, comecei a sentir formigamento nas pernas. Falei sobre isso para a assistente que estava realizando as aplicações, pois Bracca só realizava as primeiras sessões”, relata. A situação se agravou, e após relatar os problemas a Rafael, este iniciou a oferta da ozonioterapia, com garantias de “eliminar o produto” injetado.

As complicações de saúde para o paciente

O alívio das dores durou pouco e, três dias após, a dor se intensificava. Passou a buscar ajuda de outros profissionais da saúde, porém nenhum desejava lidar com a terrível situação em que se encontrava. Em julho, após uma sessão de ozonioterapia, sentiu-se mal debilitadaa no trânsito. “A vista escureceu, achei que iria desmaiar ali. Entrei em pânico na hora, tremendo muito,” lembra.

Logo após, a paciente foi hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde permaneceu por dois dias. Durante esse tempo, questionou o biomédico sobre o que ele havia injetado nela, entretanto as informações fornecidas por ele não batiam com os relatos dos médicos que a atenderam, aumentando ainda mais suas aflições.

O preço de um tratamento sem garantia

Além do custo físico, o tratamento também tem seu custo financeiro. A vítima estima a cirurgia de remoção do produto injetado em mais de R$40 mil. “Estou depressiva, tenho medo de morrer. E tenho vergonha de falar sobre isso para outras pessoas, pois julgam e culpam a gente. Ele não faz ideia de como ele destruiu a minha vida”, lamenta a mulher.

A orientação dos especialistas

Em meio a este caso perturbador, Luanna Caires Portela, presidente da Regional do Distrito Federal da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD-DF), adverte que tais procedimentos estéticos são invasivos e devem ser realizados apenas por médicos, para evitar riscos desnecessários.

A realização de procedimentos estéticos invasivos por biomédicos colocou a vida de muitas pessoas em risco e as vítimas de tal negligência são deixadas lidando com as consequências. A notícia destaca a importância de ser vigilante e informado ao escolher procedimentos estéticos e seus fornecedores.

Fonte: Metrópoles

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