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Padre investigado se recusa fornecer senha de celular à PF alegando sigilo sacerdotal

O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, alvo de investigação, não forneceu senha do celular para Polícia Federal

Padre José Eduardo de Oliveira e Silva, pertencente à Diocese de Osasco e um dos investigados em uma operação da Polícia Federal (PF) que tem como foco uma suspeita de tentativa de golpe de Estado, afirmou que entregou seu aparelho celular às autoridades, porém, recusou-se a fornecer a senha do dispositivo.

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Foto: Facebook/Padre José Eduardo

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Sigilo sacerdotal impediu fornecimento da senha, afirma padre

Em uma transmissão ao vivo realizada recentemente, o padre esclareceu que a negação em fornecer a senha do aparelho celular deve-se ao sigilo sacerdotal. Segundo ele, em exercício de seu ofício, recebe inúmeras solicitações de conselhos, orientações e confissões: “Eu recebo pedidos de conselho, orientações, as pessoas se confidenciam, abrem a alma e contam seus dramas mais profundos para mim. Muitos sacerdotes me consultam sobre questões morais confidenciais e eu não posso expor os meus fiéis”.

Atendimento a diversas personalidades

O padre José Eduardo também destacou em sua fala que, durante sua missão sacerdotal, atende uma série de personalidades reconhecidas em todo o Brasil, incluindo prefeitos, vereadores, deputados, juízes, desembargadores e senadores. Enfatiza: “Eu atendo todas as pessoas que pedem meu auxílio espiritual porque essa é minha missão”.

Consciência tranquila

Por fim, o padre afirmou não ter “nada a temer”, pois sua consciência está tranquila. Segundo ele, sua atividade se restringe essencialmente a deveres sacerdotais e suas posições em outras questões são calmas e ponderadas.

Operação Tempus Veritatis

O pároco foi o alvo de mandados de busca e apreensão durante a Operação Tempus Veritatis. De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o pároco é considerado como um dos integrantes do “núcleo jurídico” do suposto esquema de tentativa de golpe.

Esse grupo seria responsável pela assessoria e elaboração de minutas de decretos fundamentados juridicamente que atenderiam aos interesses dos envolvidos no processo investigado. Em resposta à situação, a Diocese de Osasco divulgou que está ao lado da justiça e colaborando com as autoridades competentes.

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