PCC também levou golpe de Engomadinho do Bitcoin, que agora é procurado pelas duas maiores facções criminosas do Brasil
Gustavo de Macedo Diniz conseguiu enganar as duas principais facções criminosas do país
O principal líder da plataforma financeira Bybot, Gustavo de Macedo Diniz, conhecido como “Engomadinho do Bitcoin”, conseguiu enganar as duas principais facções criminosas do país. Além do Comando Vermelho (CV) do Rio de Janeiro, que ofereceu uma recompensa de R$ 15 mil por informações sobre o golpista, o Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo ameaçou o CEO da empresa, colocando sua vida em risco. Através de mensagens, um suposto membro da organização afirmou que cerca de R$ 30 milhões em bitcoins oriundos das atividades do PCC foram investidos na Bybot.
“A partir de segunda-feira, se Gustavo Diniz não se apresentar, a irmandade visitará cada membro de sua família. O código 15.3.3 está em vigor. O juramento foi feito e não há volta. Você não compreende o prejuízo que ele nos causou. Já temos os endereços de todos eles e estão sob vigilância. Haverá consequências sangrentas, isso está avisado e segunda-feira não haverá negociação”, declarou a mensagem.
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A referência ao “15.3.3”, usada para representar o Primeiro Comando da Capital, é derivada da ordem das letras no alfabeto. Esse acordo foi criado inicialmente para confundir as autoridades penitenciárias quanto às comunicações e atividades do grupo, ao mesmo tempo que facilitava a identificação e a comunicação entre os membros do PCC, mesmo à distância. Gustavo Diniz eliminou todas as suas redes sociais, desativou os canais de comunicação e bloqueou os saques na plataforma. Desde a sexta-feira passada (25/8), os investidores não conseguem retirar os fundos depositados em suas carteiras.
Aparentemente, o “Engomadinho do Bitcoin”, teria fugido para a Ásia
Antes ativo nas redes sociais e frequentemente realizando lives, Gustavo, apelidado de “Engomadinho do Bitcoin”, aparentemente teria fugido para a Ásia. Com habilidade persuasiva, carisma e transmissão de segurança, o administrador da plataforma costumava gravar vídeos para seus seguidores, mostrando que o negócio era “seguro” e legalizado. A Bybot operava principalmente por meio da arbitragem de criptomoedas, um processo amplamente reconhecido no mercado de ações. Nesse método, os investidores negociam ativos a preços mais baixos e os vendem em plataformas que pagam preços mais altos, lucrando com a diferença.
O “Engomadinho do Bitcoin” desfrutava de viagens pelo mundo, aproveitando o sucesso financeiro fornecido pela plataforma. Natural de Mogi das Cruzes, São Paulo, ele se distancia de sua família, que vive uma vida simples no interior, para abraçar uma vida de ostentação. Antes de apagar suas redes sociais, ele compartilhou fotos de estadias em resorts de luxo, estações de esqui e praias paradisíacas. Um empresário do Distrito Federal, que perdeu 15 mil dólares, relatou que o golpe aconteceu rapidamente.
“Não sabemos, de fato, o que aconteceu. Estávamos todos aguardando a suposta manutenção e, repentinamente, o Gustavo derrubou o site, apagou o perfil no Instagram e sumiu do Telegram”, disse.
Logo após o fechamento do Bybot, o “Engomadinho do Bitcoin” desapareceu completamente, tanto nas redes sociais quanto na vida pessoal. Diz-se que ele tem uma equipe operacional da plataforma na Tailândia.
“A suspeita entre muitos que perderam grandes somas de dinheiro e estão atrás dele é que o golpista possa estar em Bangkok”, disse o empresário.
Fonte: Metrópoles