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Perícia da PF vê indícios de que ex-deputado Roberto Jefferson premeditou ataque a policiais

Uma perícia realizada pela Polícia Federal aponta indícios de que o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) premeditou o ataque aos policiais no último domingo.

Os policiais foram até a casa do bolsonarista em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, cumprir uma ordem de prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

De acordo com a PF, a suspeita é de que o ex-parlamentar já tenha preparado uma situação após a divulgação do vídeo em que ele xinga a ministra Cármen Lúcia, do STF, a chamando de “bruxa” e a comparando a uma “prostituta”.

 Roberto Jefferson
Imagem: Estado de Minas

O vídeo foi divulgado após o voto favorável da magistrada em conceder 116 direitos de resposta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Jovem Pan. O canal havia divulgado informações falsas sobre o petista, o que levou a decisão da ministra do TSE.

O vídeo de Jefferson foi publicado nas redes sociais de Cristiane Brasil (PTB), filha dele.

PF realiza perícia para identificar possível premeditação de ataques de Roberto Jefferson a policiais

O laudo sobre a suspeita deve ficar pronto nos próximos dias. A PF também apura se Jefferson gravou o vídeo de propósito para provocar a sua prisão ou se a premeditação da situação ocorreu somente após a repercussão das imagens.

Na casa do ex-deputado, em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro, os agentes encontraram um tripé de gravação, fita adesiva utilizada nas granadas e marcas de 60 tiros de fuzil. Em depoimento à polícia, Jefferson citou mais de 50 disparos e três granadas.

Na ocasião, de acordo com a PF,  dois agentes ficaram feridos na operação “por estilhaços de granada arremessados pelo alvo”. Segundo a corporação, eles foram imediatamente levados ao pronto-socorro e passam bem.

Jefferson estava em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e precisou voltar ao sistema penitenciário após decisão do ministro Alexandre de Moraes.

O ex-deputado estava proibido de fazer publicações nas redes sociais e descumpriu isso ao ofender a ministra Cármen Lúcia em vídeo gravado pela filha dele.

Fonte: Folha de São Paulo

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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