O fascinante e aterrorizante fenômeno de fãs de assassinos em série
Ao longo da história, temos observado um fenômeno macabro e fascinante de pessoas que se tornam obcecadas por criminosos notórios, incluindo assassinos em série e estupradores. Estes criminosos infames, independentemente de seus crimes hediondos, parecem atrair uma multidão de seguidores leais e fãs, alguns dos quais vão tão longe quanto a enviar cartas de amor aos seus ídolos enquanto estão na prisão. Este fenômeno tem ocorrido em todo o mundo, inclusive aqui no Brasil.

LEIA MAIS:
8 de janeiro: Moraes vota pela condenação de mais 5 réus com pena de até 17 anos de prisão
Descubra TUDO relacionado ao caso da advogada que processou Luísa Sonza por racismo
O caso de Suzane von Richthofen
Suzane Von Richthofen, condenada pelo terrível assassinato de seus pais em 2002, tem um grupo dedicado de seguidores. Com o lançamento recente de dois filmes que retratam seu terrível crime, “O Menino que Matou Meus Pais” e “A Menina que Matou os Pais”, percebeu-se a formação de vários fãs-clubes de Suzane nas redes sociais. Além disso, seus relacionamentos amorosos dentro da prisão têm sido objeto de grande especulação e debate na internet.

Por que as pessoas se apaixonam por assassinos?
De acordo com Maria de Fátima Franco, psicóloga e professora de psicologia forense na PUC-Paraná, existem várias razões para esse fenômeno. Em vários casos, pode-se tratar de uma identificação com a figura do criminoso ou uma admiração pela “coragem” demonstrada ao cometer tais crimes. Alguns podem vê-lo como um ato de rebelião, enquanto outros podem achá-los mais atraentes por causa da atenção da mídia que recebem.
Admirando o caos
O médico psiquiatra e pesquisador na Universidade de Brasília (UnB) Luan Diego Marques acredita que o fenômeno pode estar ligado à busca pelos fãs por uma identidade. Esses fãs podem se apegar a criminosos famosos para expressar sua própria rebeldia ou desafiar as normas sociais.
Os assassinos se apaixonam?
No entanto, é importante notar que, apesar dessas manifestações de amor e admiração, a pessoa à qual essas emoções são dirigidas é muitas vezes incapaz de experimentá-las em retorno. Psicopatas, como muitos desses criminosos são, não desenvolvem sentimentos de amor. Eles podem se envolver em relacionamentos românticos, mas o objetivo principal de suas ações é se beneficiar de alguma forma. Não há amor, empatia ou gratidão, apenas interesses egocêntricos.
