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Pessoas que cometem duplo homicídio e canibalismo podem ser consideradas “normais”?

Por Anderson Figueira da Roza

Lamentavelmente mais um caso chocante foi noticiado pelo mundo. No dia 30 de setembro, na cidade de Pilar, cerca de 60 Km da capital Buenos Aires na Argentina, o jovem Leandro Yamil Acosta (25 anos) matou a tiros sua mãe e o padrasto, alegando motivos de vingança em função de abusos sexuais ele e seus irmãos gêmeos.

Segundo investigações preliminares o jovem foi ajudado por sua meia-irmã Karen Klein, que curiosamente também é sua namorada. Não bastasse a brutalidade dos assassinatos, a sequência dos fatos indicou que Leandro comeu pedaços dos corpos das vítimas, num verdadeiro ato de canibalismo.

Analisando rapidamente as primeiras revelações, atos desta espécie, com requintes de crueldade, segundo a psiquiatria, são cometidos por pessoas psicopatas, que é um transtorno de personalidade. Também é prudente investigar se os jovens não sofrem algum tipo de psicose. Seguramente, temos elementos muito particulares neste caso, haja vista uma total quebra de princípios morais nesta família, pois divulgado o relacionamento afetivo entre os meios-irmãos.

Caberá ainda verificar a ocorrência ou não de abusos sexuais nas crianças menores o que agravaria ainda mais o desenho de uma família desprovida de princípios comuns de moralidade e costumes, ou se tudo isso não passar de desculpas para justificar tamanha brutalidade nos homicídios seguidos de canibalismo, haja vista ser comum pessoas psicopatas usarem deste subterfúgio.

E você, leitor, considera como pessoas normais e imputáveis estes jovens, meio-irmãos, que se relacionavam como namorados, e juntos planejaram e executaram a morte da mãe e padrasto de um deles?

AndersonFigueira

Anderson Roza

Mestrando em Ciências Criminais. Advogado.

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