Você não vai acreditar no que a PF descobriu sobre os crimes ambientais na Amazônia
Polícia Federal dá início às Operações Terra Prometida e Xingu
A Polícia Federal está conduzindo duas operações com o propósito de combater crimes contra o meio ambiente nos estados do Acre e Amazonas. Nesse contexto, estão sendo executados quatro mandados de prisão preventiva, 25 mandados de busca e apreensão, bem como seis mandados de proibição de acesso e presença em áreas florestais. No Acre, a ação denominada Operação Terra Prometida teve início após recebimento de denúncias de moradores da região sobre desmatamento nas terras da Floresta Estadual do Antimary, localizada no município de Sena Madureira.
As investigações da Polícia Federal confirmaram que cerca de 598 hectares de terreno foram desmatados, ocasionando prejuízos avaliados em aproximadamente R$ 18 milhões. Entre os alvos da Operação Terra Prometida, destaca-se Amair Feijoli da Cunha, conhecido como Tato. Ele anteriormente foi condenado a uma pena de 27 anos de prisão por atuar como intermediário na contratação dos responsáveis pelo assassinato pela missionária Dorothy Stang, no Pará. Por meio de colaboração premiada, sua sentença foi reduzida para 18 anos de reclusão.
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No Amazonas, um grileiro, dois pecuaristas e um especialista em georreferenciamento estão envolvidos nos crimes ambientais
Na parte sul do estado do Amazonas, a ação policial denominada Operação Xingu revelou o desmatamento de aproximadamente 800 hectares de floresta nativa amazônica, abrangendo os municípios de Boca do Acre e Lábrea. As averiguações sugerem que houve uma prática de grilagem pública de terras para criação de gado, resultando em danos ambientais estimados em cerca de R$ 17 milhões.
Os indivíduos envolvidos nesses crimes incluem um grileiro, dois pecuaristas e um especialista em georreferenciamento, responsáveis por realizar ilegalmente a regularização de propriedades rurais junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ao Cadastro Ambiental Rural.
Os que estão sob investigação destas operações podem enfrentar ações judiciais de associação a organização criminosa, invasão de terras públicas, desmatamento, falsificação de informações, estelionato e lavagem de dinheiro. As penas associadas a esses crimes, quando somadas, têm o potencial de ultrapassar 20 anos de prisão.
Fonte: Agência Brasil