Polícia Federal promove maior operação de combate ao garimpo ilegal na história do Amazonas

Desde segunda-feira, a Polícia Federal (PF) do estado do Amazonas iniciou uma forte operação de combate ao garimpo ilegal, uma das atividades humanas mais prejudiciais ao meio ambiente. A ação, que tem como alvo principal o Rio Madeira, já resultou na destruição de pelo menos 200 balsas específicas para a essa atividade ilegal .

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, divulgou na quarta-feira um vídeo exibindo o processo de incineração dos equipamentos do garimpo. “Depois de anos de anomia e leniência com crimes, estamos zelando para o cumprimento das leis, em favor das atuais e futuras gerações”, declarou Dino em seu Twitter.

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Qual o balanço preliminar da operação contra o garimpo ilegal?

Até o momento, a Polícia Federal já registrou a destruição de 148 pontos de garimpo ilegal na Amazônia durante a operação. No entanto, ainda de acordo com a PF, a operação está em andamento e um balanço final será divulgado ao fim das ações. A mesma fonte adianta ainda que se considera essa a maior operação contra o garimpo já realizada no Amazonas.

Quais outras ações têm sido executadas pela Polícia Federal?

Em junho passado, também no interior do Amazonas, a PF realizou, em parceria com o Ibama, a operação Tuyu Vive, na qual quatro embarcações foram destruídas perto da fronteira com a Colômbia. No mesmo mês, a Polícia Federal desencadeou uma operação contra uma quadrilha suspeita de garimpar ouro ilegalmente. Em colaboração com o Exército, três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão foram executados em Manaus, Porto Velho e Ponta Grossa (PR).

Há alguma investigação envolvendo pessoas de alta patente?

Um dos alvos relevantes da operação de junho foi um militar de alta patente, suspeito de receber propinas de empresários para fornecer informações privilegiadas sobre operações contra a extração ilegal de minérios na Amazônia. A PF também investiga a possível presença de garimpeiros na região do Rio Abacaxis, onde ocorreram oito mortes, perpetradas pela Polícia Militar do Amazonas, em agosto de 2020. As investigações sobre o episódio, conhecido como “o Massacre do Rio Abacaxis”, ainda não foram concluídas.