PM agredido por vândalos do 8/1 será ouvido na CPMI; confira a data
CPMI do 8 de janeiro agenda novos depoimentos e cancela sessão
No dia de hoje, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, representante do Congresso Nacional, marcou novas datas para os depoimentos que serão realizados pelos membros da comissão. Conforme programação original, a sessão desta quinta-feira, 28 de setembro, seria direcionada para a votação de propostas e a audição do blogueiro Alan Diego dos Santos Rodrigues, que foi condenado após a tentativa de atentado a bomba no aeroporto de Brasília (DF). No entanto, a reunião foi cancelada.

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Por que a sessão da CPMI foi cancelada?
Segundo comunicado oficial da secretaria da comissão, a CPMI precisou ser cancelada devido à previsão de baixa participação dos membros e, além disso, o tema referente ao episódio do aeroporto já havia sido amplamente debatido anteriormente.
Na próxima terça-feira, 3 de outubro, às 9h, está previsto o depoimento do empresário bolsonarista Argino Bedin. O empresário é bastante conhecido e reconhecido como um dos principais financiadores do acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na região do Quartel General do Exército (QGEx), localizado em Brasília.
Participação dos Bedin na campanha do ex-presidente
Foi registrado que oito pessoas da família Bedin fizeram doações para a campanha do ex-presidente, que somaram aproximadamente R$ 200 mil. Por esse motivo, houve a necessidade de bloqueio das contas, que foi aprovado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sob a alegação de financiamento dos atos antidemocráticos.
Próximos depoimentos
Outro depoimento será realizado na quinta-feira, 5 de outubro, às 9h, pelo subtenente Beroaldo José de Freitas Júnior, que ficou gravemente ferido no episódio do dia 8 de janeiro, ao agir para conter os manifestantes. Por sua vez, o depoimento do general Braga Netto, que também estava previsto para este dia, precisou ser desmarcado.
O ataque a Beroaldo José e Marcela da Silva
Beroaldo José e Marcela da Silva Morais Pinno foram atacados por vândalos, sendo jogados de uma das cúpulas do Congresso Nacional, numa altura de 3 metros. O subtenente relembrou os momentos de terror vividos: “Quando vi que a cabo Marcela estava sendo atingida, fui lá e a ajudei a se levantar. Queriam matar. Não tinham outro objetivo”.
Esses novos depoimentos continuarão refletindo a profunda investigação que tem sido conduzida pela CPMI do 8 de janeiro, visando esclarecer todos os eventos e responsabilidades deste dia. Os desdobramentos destas apurações são aguardados com expectativa pela população brasileira, que tem acompanhado de perto o processo.
Fonte: Metrópoles