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Polícia Civil do Rio indicia gamer Raulzito por estupro de vulnerável

Raulino de Oliveira Maciel, youtuber e gamer conhecido como Raulzito, foi indiciado pelo estupro de duas crianças, pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav). O streamer, famoso internet pelos interessados em jogos eletrônicos, está preso temporariamente após determinação da 4ª Vara Criminal de Niterói.

Segundo informações do delegado Adriano França, titular da unidade, o inquérito foi enviado na quarta-feira para o Ministério Público:

Está preso temporariamente e acreditamos que será denunciado pelo MP (Ministério Público), e a prisão será a partir de então preventiva.

Segundo a Polícia Civil, foi possível comprovar que o gamer, num primeiro momento, estabelecia contato com os pais das vítimas por meio de redes sociais. Em seguida, após ganhar a confiança deles, cometia abusos contra os menores no seu estúdio, localizado em sua casa, em São Paulo.

Raulino também cometia os mesmos crimes nas residências das vítimas, pois nelas se hospedava com a permissão dos pais, a quem prometia que os filhos entrariam para o mundo artístico e/ou dos gamers.

Após a prisão, os policiais localizaram outras três vítimas na Paraíba, três em São Paulo e mais uma em Santa Catarina. Há, ainda, possíveis vítimas nos EUA, local onde Raulino já morou e a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) tentará uma cooperação com a polícia americana para verificação.

Um fato que chamou a atenção dos investigadores foi a semelhança física entre as vítimas, todas com idades entre 10 e 12 anos.

Raulzito era dono de dois canais de games no YouTube, nos quais jogava com “talentos mirins”. Em um deles, tinha mais de 140 mil inscritos e chegou à marca de 1,8 milhão de visualizações. Já na Twich, maior plataforma de transmissão ao vivo, eram quase 120 mil inscritos. Usando sua experiência, ele iniciou uma assessoria voltada para gamers mirins.

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Priscila Gonzalez Cuozzo

Priscila Gonzalez Cuozzo é graduada em Direito pela PUC-Rio, especialista em Direito Penal e Criminologia pelo ICPC e em Psicologia pela Yadaim. Advogada e Consultora Jurídica atuante nas áreas de Direito Administrativo, Tributário e Cível Estratégico em âmbito nacional. Autora de artigo sobre Visual Law em obra coletiva publicada pela editora Revista dos Tribunais, é também membro do capítulo brasiliense do Legal Hackers, comunidade de inovação jurídica.

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