Polícia Civil apura crimes licitatórios e corrupção na compra de alimentos para presídios do RS
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou que foi realizada no início da manhã desta quinta-feira (1) mais uma fase da operação “Fogo Amigo”, que apura a prática de crimes licitatórios, corrupção e associação criminosa em certames destinados à aquisição de alimentos não-perecíveis para estabelecimentos prisionais do estado.
De acordo com o delegado Max Otto Ritter, da 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (Decor), foram cumpridos cinco mandados judiciais de busca e apreensão em São Lourenço do Sul. As medidas foram cumpridas nas sedes de duas empresas e nas residências de empresários e representantes suspeitos.
Empresas são investigadas por crimes licitatórios, corrupção e associação criminosa
De acordo com o delegado responsável pela investigação, as empresas teriam se juntado no intuito de formar um “grupo econômico” voltado a fraudar o caráter competitivo em ao menos cinco pregões eletrônicos desde 2019 e, com isso, manter o maior número de objetos contratados junto ao mesmo núcleo empresarial.
De acordo com as investigações, a prática criminosa foi detectada inicialmente pela Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão, que percebeu o comportamento inidôneo de empresas participantes dos certames realizados pela Central de Licitações do Estado, as quais buscavam dar a aparência de que “concorreriam” entre si.
A operação “Fogo Amigo” realizada nesta quinta (1), foi cumprida pelos agentes policiais da 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção juntamente com o apoio da Delegacia de Polícia Regional de Pelotas. Os agentes policiais apreenderam documentos, telefones celulares, mídias, computadores e equipamentos eletrônicos, entre outros elementos de informação quanto à autoria e materialidade dos crimes investigados.
Além disso, as autoridades investigativas também prenderam um homem pelo crime de posse irregular de um revólver, e recolheram dinheiro em espécie que estava na sua posse.
Fonte: Rádio Guaíba