Polícia equatoriana prende seis suspeitos na morte de candidato à presidência

O presidente Guillermo Lasso atribuiu o ataque ao crime organizado

Seis indivíduos detidos por envolvimento no homicídio do candidato à presidência equatoriana Fernando Villavicencio são de nacionalidade colombiana, conforme relatado pela polícia do Equador na última quinta-feira (10). O presidente Guillermo Lasso atribuiu o ataque ao crime organizado e assegurou que a justiça será feita. Um suspeito, que acabou falecendo durante um confronto armado com os guarda-costas do ex-jornalista, também tinha a mesma cidadania colombiana. A polícia comunicou à AFP que todos os envolvidos, incluindo o candidato morto, eram colombianos.

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Fonte: Folha – UOL

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Após o assassinato, o Equador decretou estado de exceção na quinta-feira e buscou auxílio do FBI para conduzir a investigação do assassinato de Fernando Villavicencio, que estava ocupando a segunda posição nas pesquisas de intenção de voto para as eleições programadas para 20 de agosto. Guillermo Lasso divulgou em sua conta na plataforma X (anteriormente conhecida como Twitter) que solicitou o apoio do FBI. A solicitação foi aceita e uma equipe do FBI deve chegar ao país em breve. O estado de exceção possibilita a presença de patrulhas militares nas ruas, visando assegurar a conclusão das eleições.

Villavicencio, candidato dos partidos Construye e Gente Buena, foi morto a tiros na noite de quarta-feira (9) em Quito, enquanto deixava um centro poliesportivo após um comício. O jornalista já havia denunciado ameaças contra si e sua equipe de campanha na semana anterior. Antonio López, diretor da campanha de Villavicencio, propôs adiar o debate presidencial programado para o próximo domingo em uma coletiva de imprensa. Ele argumentou que o adiamento seria necessário para permitir uma substituição justa e que o novo candidato estivesse em condições semelhantes para debater com os outros sete concorrentes presidenciais.

Villavicencio era jornalista e um dos oito candidatos à presidência nas eleições do Equador

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Fonte: Folha PE

O atentado também resultou em nove feridos, incluindo uma candidata a deputada e dois policiais, de acordo com o balanço oficial mais recente. Villavicencio, ex-jornalista e um dos oito postulantes à presidência nas eleições gerais antecipadas do Equador, foi morto em um ataque que ecoou um assassinato planejado, com três tiros na cabeça, conforme relatado pelo jornal El Universo. O movimento Construye segue a criação de uma comissão internacional para investigar o assassinato, destacando a importância de não permitir que a influência da narcopolítica continue impune.

Líderes internacionais, como Brasil, Estados Unidos, Venezuela, Espanha, Chile, União Europeia, ONU e missão de observadores da OEA, condenaram o crime e expressaram solidariedade ao Equador. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, lamentou a morte de Villavicencio e pediu pela punição dos culpados.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, observou que tais ações violentas extrapolam as fronteiras, adotando o modelo colombiano de assassinatos políticos. O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, classificou o incidente como um ataque à democracia equatoriana, enquanto o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que o incidente é um atentado contra as instituições e a democracia do Equador.

Fonte: UOL