Polícia Federal faz operação para prender responsáveis pelo armamento de facções brasileiras
Todos nós sabemos que o tráfico de armas é uma questão grave que impacta diretamente na segurança de um país. No Brasil, de acordo com a Polícia Federal, o maior contrabandista de armas da América do Sul é Diego Hernan Dirísio, que é o principal alvo de uma operação internacional de combate ao tráfico de armas. Infelizmente, ele ainda não foi localizado. Esta operação envolve não apenas o Brasil, mas também os Estados Unidos e o Paraguai, onde Dirísio reside.
Seu envolvimento foi descoberto quando a investigação começou em 2020, após a apreensão de pistolas e munições no interior da Bahia. Apesar das armas terem os números de série raspados, uma perícia minuciosa permitiu à polícia obter tais informações e avançar na investigação.
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Como opera o maior contrabandista de armas da América do Sul?
As investigações indicam que Dirísio, que é argentino, possuía uma empresa baseada no Paraguai denominada IAS. Esta empresa era utilizada para comprar grande quantidade de armamentos de fabricantes de países como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. Segundo a Polícia Federal, entre novembro de 2019 e maio de 2022, mais de 16.000 armas foram importadas por intermédio da empresa.
Os itens incluíam pistolas, fuzis, rifles e metralhadoras. Após a compra, essas armas eram vendidas para facções criminosas brasileiras, principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Ou seja, além do tráfico de armas, também foram identificadas práticas de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
O papel da Interpol na operação pelo maior contrabandista de armas da América do Sul
A Justiça da Bahia, responsável pela condução da operação, ordenou que os alvos de prisão que estão no exterior sejam incluídos na lista vermelha da Interpol. Assim, se localizados e presos, serão extraditados para o Brasil. Além de Dirísio, 25 mandados de prisão preventiva e seis de prisão temporária foram expedidos. Até a última atualização desta reportagem, cinco envolvidos foram presos no Brasil e 11 no Paraguai.
Essa operação internacional é um exemplo de como a cooperação entre diferentes países e organizações pode ser crucial para combater o tráfico de armas e consequentemente diminuir a violência e a criminalidade.