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Polícia Federal pega ‘mestre dos disfarces’ que aterrorizava governo e fazia exigência chocante envolvendo criptomoedas

Operação Coringa: Atividade hacker contra o Governo tem destaque na ação da Polícia Federal

A Polícia Federal lançou na última semana a Operação Coringa, focada em um grupo que negociava dados sigilosos, obtidos via ataques cibernéticos ao Governo brasileiro e empresas privadas. Os criminosos cobravam seus “serviços” através de criptomoedas, uma moeda digital descentralizada.

Devido ao modus operandi do hacker, que assumia várias identidades para cometer seus crimes, as autoridades compararam seu comportamento ao do Coringa, conhecido vilão dos filmes do Batman e da editora de quadrinhos DC Comics. A operação contou com a parceria do Ministério Público Federal (MPF), que também investigava os crimes.

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Como o grupo operava?

De acordo com informações fornecidas pela Polícia Federal, o hacker atacava sites do Governo do Brasil e dos Estados Unidos para coletar dados. Para obter esses acessos aos ambientes privados, eram utilizados programas maliciosos. Posteriormente, o suspeito vendia as informações roubadas em fóruns da área mais sombria da internet, a Dark Web. As transações financeiras eram feitas de maneira exclusiva por meio de criptomoedas, contravenção penal de acordo com a legislação brasileira.

Qual a participação dos EUA na operação?

A operação teve participação internacional, visto que o hacker também invadiu sistemas do governo e de empresas localizadas nos Estados Unidos. O papel do governo norte-americano nas investigações não foi totalmente esclarecido, entretanto, sabe-se que os EUA mantêm vigilância constante para atividades que envolvam ataques ransomware ao redor do mundo.

Qual a consequência para o criminoso?

O suspeito será responsabilizado pelo crime de invasão de dispositivo informático e também de receptação. Além disso, está sendo investigado por possível participação em organização criminosa. A ação da Polícia Federal destaca o cuidado das autoridades brasileiras e norte-americanas com fraudes cibernéticas, principalmente aquelas que envolvam criptomoedas.

Como exemplo, em 2022, com a ajuda dos EUA, o Brasil conseguiu prender o conhecido “Sheik dos Bitcoins”, dono do Grupo InterAG, que utilizava criptomoedas para a prática de golpes financeiros. Além disso, nos últimos anos, as autoridades norte-americanas têm capacitado os brasileiros acerca do tema do Bitcoin e de outras criptomoedas.

Redação

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