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Polícia prende chefes de milícia no Rio e atrapalha os planos do crime organizado

Dois milicianos atuantes em Curicica, Zona Oeste do Rio de Janeiro, foram detidos durante uma operação conjunta da Polícia Civil realizada nesta quarta-feira (24). A ação envolveu agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), além da 22ª DP (Penha) e da 38ª DP (Brás de Pina).

Os milicianos, identificados como Cláudio Cesar Rocha, conhecido como Cara de Ferro, e Anderson Ferreira de Oliveira, apelidado de Andinho, foram localizados em uma casa noturna durante a operação. Durante a abordagem, dois seguranças dos criminosos abriram fogo contra os agentes, resultando em um confronto no qual ambos foram baleados e mortos.

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Imagem: Reprodução/Extra

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Os policiais apreenderam duas pistolas, dois fuzis, 400 peças de munição, carregadores e duas granadas em posse dos milicianos. As investigações indicam que Cara de Ferro atuava como líder da organização criminosa em Curicica, enquanto Andinho ocupava o segundo posto na hierarquia do grupo.

Segundo o delegado-titular da Draco/IE, João Valentim, a milícia de Curicica tinha planos de expandir seus domínios após a prisão de Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, ocorrida em dezembro do ano passado.

Chefes da milícia

De acordo com as investigações, Cara de Ferro e Andinho eram responsáveis pela segurança de Leandro Xavier da Silva, apelidado de Playboy de Curicica, enquanto ele chefiava a milícia da região. Após a morte de Playboy de Curicica em junho de 2023, Cara de Ferro assumiu o comando da quadrilha, e Andinho tornou-se seu homem de confiança.

Andinho possuía um mandado de prisão em aberto desde sua fuga do sistema prisional em 2013, quando cerca de 30 detentos, incluindo o traficante Marreta, escaparam do Presídio Vicente Piragibe. Na época, ele estava associado ao tráfico de drogas na Cidade de Deus e, após sua fuga, juntou-se a um grupo criminoso rival.

Cara de Ferro já havia sido preso anteriormente e foi denunciado pelo Ministério Público por extorsão mediante sequestro e tortura. Os crimes envolveram o sequestro e tortura de um homem, sendo a empreitada realizada com o objetivo de obter um resgate de R$ 300 mil.

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