Polícia prende membros do “tribunal do crime” que torturava ladrões em Montes Claros, em MG
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na última quarta-feira (23/11), mandado de prisão preventiva contra um homem, de 36 anos, suspeito de integrar um grupo criminoso que punia com agressões e ameaças pessoas que cometiam furtos na região do bairro Cidade Industrial, em Montes Claros, Norte do estado.
Outros dois envolvidos, de 25 e 38 anos, tiveram os mandados cumpridos no sistema prisional e permanecerem acautelados. Eles respondem pelos crimes de tortura e sequestro.
PCMG prende três membros do “tribunal do crime” de Montes Claros, MG
A investigação teve início no mês de maio deste ano, depois que duas vítimas, suspeitas de cometerem furtos na região, foram capturadas e levadas até um sítio onde sofreram agressões e ameaças, sendo submetidas a intenso sofrimento físico e psíquico.
O delegado Diego Flávio Carvalho, responsável pela investigação, disse que as agressões foram tão intensas que uma das vítimas sofreu uma fratura em uma das pernas. Na ocasião, um dos investigados foi preso em flagrante pelo crime.
Durante levantamentos realizados no curso do inquérito policial, os policiais civis identificaram outros três suspeitos de envolvimento nessa modalidade criminosa.
A investigação demonstrou, ainda, que eles estabeleceram uma organização criminosa estruturada com funções diversas, dentre elas, um “tribunal do crime”, instituído para penalizar pessoas que agiam em desacordo com suas regras.
“Além das agressões físicas e psicológicas, os suspeitos, usando de grave ameaça, expulsavam das próprias residências os moradores que atentavam contra o interesse do grupo.”
O delegado esclarece que, em razão da gravidade dos fatos, periculosidade dos membros e antecedentes dos investigados, representou pela prisão preventiva de todos eles.
Os envolvidos possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas e roubo. O inquérito policial segue em andamento na 4ª Delegacia de Polícia Civil em Montes Claros, e os suspeitos encontram-se no sistema prisional, à disposição da Justiça.
Fonte: Itatiaia