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Policiais presos por participação em grupo de extermínio movimentaram R$ 11 milhões em apenas quatro anos

Policiais de Goiás suspeitos de séries de assassinatos movimentaram mais de R$ 11 milhões

Os investigadores da Polícia Civil de Goiás (PCGO) suspeitam do envolvimento de policiais militares em uma série de assassinatos que chocou o estado. Marcos Jesus Rodrigues e Almir Tomás de Aquino Moura, ambos PMs, tornaram-se foco da investigação após serem detectadas movimentações financeiras de grandes valores em suas contas bancárias. Ao total, ambos juntos movimentaram mais de R$ 11 milhões nos últimos quatro anos, quantia esta considerada incompatível com seus respectivos rendimentos.

Rodrigues, por exemplo, movimentou sozinho cerca de R$ 6 milhões nesse período. Já Moura movimentou aproximadamente R$ 5,8 milhões, com picos significativos no fim do ano de 2020 e início dos anos de 2021 e 2022. A suspeita é que estes policiais, juntamente com outros oito militares, faça parte de um grupo clandestino intitulado “Confraria da Morte”, acusados de assassinar testemunhas em operações diversas em cidades goianas. Mas a maior pergunta que paira no ar é: como essas movimentações financeiras foram possíveis?

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Imagem: Direção concursos

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Como ocorreram as movimentações financeiras suspeitas na conta dos policiais?

A PCGO acredita que esse grande volume de dinheiro movimentado por Rodrigues e Moura possa estar diretamente ligado às suas supostas ações ilegais. As atividades deste grupo estariam, supostamente, relacionadas a uma série de assassinatos ocorridos no estado. A justiça autorizou a prisão dos PMs após os investigadores apresentarem provas cabíveis de suas movimentações financeiras suspeitas.

Quais foram os assassinatos realizados pela “Confraria da Morte”?

Uma cascata de mortes supostamente orquestrada pela “Confraria da Morte” começou com a execução do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante. Este, em 2019, fez uma sequência de vídeos e publicações relatando ameaças de morte recebidas após fazer denúncias, apontando supostos policias militares como responsáveis. Seu caso ganhou notoriedade em junho de 2021, quando foi morto a tiros em Anápolis, Goiás. A morte de Cavalcante, acreditam os investigadores, desencadeou a sequência de pelo menos sete outros assassinatos em Goiás.

Houve outras vítimas?

Além de Cavalcante, outras vítimas foram brutalmente assassinadas, e atribuem-se as mortes aos policiais da “Confraria da Morte”. Caso se confirmem as suspeitas, essa série de crimes expõe um amedrontador esquema de corrupção dentro da própria força policial do estado.

É importante reforçar que todas essas informações ainda estão sendo investigadas e que todas as pessoas são consideradas inocentes até que a justiça prove o contrário. Até o momento, os policiais investigados encontram-se detidos à disposição da justiça.

Fonte: Metrópoles

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