Policiais acusados de conspiração com quadrilha do jogo do bicho: Operações forjadas e prisões
A desarticulação de uma quadrilha de policiais envolvida com a segurança de uma organização criminosa dedicada ao jogo do bicho e ao contraventor Rogério de Andrade chocou o Rio de Janeiro. Esses agentes, que deveriam combater o crime, foram acusados de simular operações para criar uma fachada de combate à máfia dos jogos ilegais, prejudicando as investigações. A denúncia feita pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) envolve 31 pessoas, incluindo policiais militares e um policial penal.
Operações falsas e segurança criminosa
Segundo a denúncia do MPRJ, os policiais envolvidos na quadrilha realizavam ações falsas para fingir combater a organização criminosa por trás do jogo do bicho. Além disso, monitoravam e garantiam a segurança de territórios disputados, incluindo a residência de Rogério de Andrade. Essas atividades ilícitas eram executadas sob a alcunha de “Vampiros”, referindo-se ao turno da noite em que atuavam.
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A Operação Petrorianos, deflagrada em conjunto pelo Gaeco do MPRJ e pelas corregedorias da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), é um desdobramento da operação “Calígula”, ocorrida em maio de 2022. Na ocasião, a prisão da delegada Adriana Belém e do delegado Marcos Cipriano proporcionou documentos que levaram à identificação dos responsáveis pela segurança de Rogério de Andrade.
Jogo do bicho: Pagamentos e integração criminosa
A denúncia revela que os policiais recebiam pagamentos do contraventor, mesmo durante períodos em que este estava foragido da Justiça. O montante mensal ultrapassava 200 mil reais. Esses agentes, em conluio com outros indivíduos não plenamente identificados, integravam uma organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, visando obter vantagens financeiras ilícitas por meio da exploração de jogos de azar.
Repercussão e combate à corrupção
A ação coordenada das autoridades visa desarticular essas estruturas criminosas que corrompem o sistema de segurança pública. O envolvimento de agentes da lei em atividades criminosas compromete a confiança da população nas instituições e enfraquece o combate eficaz à criminalidade. A denúncia do MPRJ evidencia a necessidade de uma atuação enérgica e contínua para coibir a corrupção e garantir a integridade das forças de segurança.
A descoberta e desmantelamento da quadrilha de policiais envolvida com o jogo do bicho e a segurança do contraventor Rogério de Andrade revelam a complexidade e gravidade da corrupção dentro do aparato policial. A ação conjunta das autoridades demonstra o compromisso em enfrentar esses desafios e restaurar a confiança da sociedade nas instituições responsáveis pela segurança pública. O trabalho contínuo e incisivo é essencial para garantir um ambiente seguro e justo para todos os cidadãos.