Policial que prendeu atirador de Aracruz (ES) conta que seu filho quase foi baleado
O tenente Adriano de Farias Santos que chefiou a operação policial após o ataque às duas escolas de Aracruz, no Espírito Santo, contou que o seu filho era estudante de uma das instituições de ensino e que estava a poucos metros do atirador.
Atirador estava perto do filho do policial que o prendeu
O tenente Farias relatou que por volta das 9h40 da última sexta-feira (25), recebeu a ligação de um professor da escola estadual Primo Bitti, desesperado contando que um atirador havia entrado na escola e estava fazendo disparos. O policial então acionou a viatura mais próxima à escola, que chegou ao local em três minutos.
Após acionar as viaturas ele também seguiu para a instituição de ensino, e no caminho, recebeu outra ligação, dessa vez do filho que estuda na escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, que fica a cerca de um quilômetro da primeira instituição atacada, dizendo que o atirador estava na escola dele.
“Ele me disse que o atirador estava na escola dele. E eu ainda falei: ‘não, meu filho, é lá na escola Primo Bitti que está acontecendo isso’. E ele respondeu: ‘pai, ele está aqui também, perto da minha sala’.”
O policial relatou que o filho conseguiu sair da sala de aula em que estava e se escondeu para fugir com outros alunos, logo em seguida o atirador entrou na sala dele e efetuou os disparos matando a aluna Selena Sagrillo Zucolotto, de 12 anos.
O tenente disse que ao chegar na escola do filho o cenário era de guerra:
“A cena era terrível, muitas crianças pequenas, alunos alvejados, uniformes sujos de sangue, muito sangue. Foi muito triste. Foi uma situação sem precedentes na história do Espírito Santo. Encontrei um cenário de guerra que eu não imaginava nem nos meus maiores pesadelos.”
O tenente relatou, por fim, que o atirador só não fez mais vítimas porque teve problema para recarregar a segunda arma utilizada no ataque.
Fonte: O tempo
