Policial ferida por Roberto Jefferson abre o jogo; laudos que revelam a brutalidade da ação
Policial federal relata o momento em que foi atingida por Roberto Jefferson
Em 23 de outubro de 2022, a agente policial federal Karina Lino de Miranda foi ferida por disparos de arma de fogo efetuados por Roberto Jefferson. Na ocasião, o ex-deputado atacou uma equipe da Polícia Federal (PF) que se dirigiu à sua residência para efetuar sua prisão. O ex-parlamentar disparou mais de 50 tiros contra os agentes e lançaou três granadas.
Em áudio enviado ao programa Fantástico, a policial relatou sobre o dia do ocorrido:
“Eu correndo para me abrigar, senti um impacto muito forte, que me arremessou ao chão. Foi quando eu caí e naquele momento começou a sangrar a região da cabeça. E logo depois começou uma ardência muito grande na região do quadril. Eles até imaginaram que tinha um projétil alojado, tinha um buraco aberto. Depois, vendo meu coldre, minha calça, vendo o estado que ficou minha arma, porque o cano dela foi destruído, é que a gente chega a conclusão que, na verdade, foi um tiro que atingiu a região, e milagrosamente eu fui salva pelo cano da minha arma, que serviu como um escudo pra mim”.
A advogada que representa a policial disse ainda:
“Ela teve danos físicos, teve danos estéticos porque ela está com cicatrizes e ela vai ficar com cicatrizes e ela tem o dano, que acho que é o maior dos danos, que é o psicológico. Na região do quadril e no rosto teve perda de sensibilidade a toque, calor e frio. Essas sequelas ficaram e, além disso, a marca no rosto lembra diariamente a ela a violência que ela sofreu”

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Roberto Jefferson vai a júri popular por tentativa de homicídio contra policial
A juíza federal Abby Ilharco Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios, decidiu mandar Roberto Jefferson a júri popular pelo crime de tentativa de homicídio praticado contra os quatros policiais federais que foram até a sua casa cumprir o mandado de prisão preventiva que havia sido expedido pelo STF contra ele.
Durante seu interrogatório em maio deste ano, Jefferson admitiu ter efetuado aproximadamente 50 disparos e lançado três granadas de luz e som em direção aos quatro agentes da Polícia Federal. No entanto, ele alegou que não tinha a intenção de causar suas mortes.
Ao proferir a decisão, a magistrada também manteve a prisão preventiva de Jefferson, que atualmente está internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio.
Fonte: Fantástico