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Preso suspeito de atear fogo à estátua do bandeirante em SP

Na tarde do último sábado (24), a estátua do bandeirante, localizada na Praça Augusto Tortorelo de Araújo, em Santo Amaro, foi incendiada com fogo em pneus colocados na base do monumento por cerca de 20 pessoas, segundo a Polícia Militar.

O Revolução Periférica assumiu a autoria do incêndio. Quando a polícia chegou ao local, os manifestantes já haviam deixado o local. O monumento de concreto, inaugurado em 1963, já foi alvo de outros protestos e representa Borba Gato, que fazia incursões no interior do Brasil e perseguia povos indígenas no período colonial.

Um dos suspeitos, de nome Paulo Lima, mais conhecido como Galo, foi preso temporariamente no início da tarde desta quarta-feira (28). Segundo sua defesa, Paulo se apresentou espontaneamente ao 11º DP e, em seguida, sua prisão temporária foi decretada. A mulher de Galo, que foi à delegacia com o marido, também teve prisão temporária decretada.

Sobre a motivação do incêndio, Paulo afirmou que foi abrir o debate sobre a presença do monumento “estátua do bandeirante” na cidade, que representaria, nas palavras dele, “um genocida e abusador de mulheres”.

Um outro suspeito de participação no incêndio, Thiago Vieira Zem, de 35 anos, também foi preso, mas teve liberdade provisória concedida após pedido da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Ele é apontado como o motorista da van que conduziu as pessoas que atearam fogo à estátua, e afirmou ter sido contratado para levar os pneus.

O caso foi registrado como incêndio, dano qualificado e adulteração da placa pela Polícia Civil.

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Priscila Gonzalez Cuozzo

Priscila Gonzalez Cuozzo é graduada em Direito pela PUC-Rio, especialista em Direito Penal e Criminologia pelo ICPC e em Psicologia pela Yadaim. Advogada e Consultora Jurídica atuante nas áreas de Direito Administrativo, Tributário e Cível Estratégico em âmbito nacional. Autora de artigo sobre Visual Law em obra coletiva publicada pela editora Revista dos Tribunais, é também membro do capítulo brasiliense do Legal Hackers, comunidade de inovação jurídica.

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