Prisão de desembargadores do TRT-RJ é referendada pelo STJ
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) referendou a prisão de desembargadores do TRT. A decisão foi proferida por unanimidade pela Corte, que entendeu pela legalidade da prisão dos quatro desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-RJ), suspeitos de lavagem de dinheiro e organização criminosa para a prática de corrupção.
Sob ordem da ministra relatora, Nancy Andrighi, a ação foi deflagrada na terça-feira (02/03) e foram efetuadas no total 11 prisões pela Polícia Federal, além de diversas buscas e apreensões.
Dentre as 11 prisões, foram alvos os desembargadores José Fonseca Martins Júnior, Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues, Marcos Pinto da Cruz e Fernando Zorzenon.
Conforme informações das investigações feitas pelo MPF, os desembargadores, supostamente, encaminharam decisões judiciais que teriam beneficiado organizações com dívidas trabalhistas em execução e empresas de transporte. Por outro lado, os pagamentos eram feitos a escritórios de advogados pagos aos parentes dos desembargadores.
Inclusive, as suspeitas são no sentido de que os desembargadores utilizavam familiares para o êxito do esquema criminoso. Assim, por exemplo, o desembargador Marcos Pinto da Cruz teria lavado dinheiro com ajuda de sua irmã, Eduarda Pinto da Cruz. No caso de José Fonseca Martins Júnior, foi a esposa, Sônia Regina Dias Martins, quem participou. Já Fernando Zorzenon contou com a participação do próprio filho, Marcelo Zorzenon. Antônio Carlos de Azevedo Rodrigues, por sua vez, também teve a colaboração da sua esposa Leila Maria Gregory Cavalcante de Albuquerque.
Essa ação penal é fruto de um desmembramento do processo pelo qual Wilson Witzel, governador afastado do Rio de Janeiro, foi denunciado e afastado do cargo. Witzel chegou a ser preso, mas teve concedido o direito da liberdade provisória.
*Esta notícia não reflete, necessariamente, o posicionamento do Canal Ciências Criminais.
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