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Projeto propõe que policiais tenham aptidão psicológica para portarem armas

O Projeto de Lei 2160/22, de autoria do deputado Ney Leprevost (União-PR), prevê que, para portar armas, os profissionais da segurança pública deverão ter certificado de aptidão psicológica, obtido por meio de teste realizado anualmente, sem custos.

A proposta prevê que o referido certificado seja expedido por médico psiquiatra, com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), no prazo de até noventa dias antes da aquisição da arma.

Atualmente, a lei que trata do registro, posse e comercialização de armas de fogo  Lei nº 10.826/03) também prevê a comprovação de aptidão psicológica como requisito para adquirir uma arma, contudo não há especificação de qual profissional de saúde deverá avaliar o candidato ao porte.  

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Proposta é motivada por alto índice de suicídio entre policiais

O deputado autor da proposta citou, como uma das justificativas dela, o levantamento do 16º Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). A pesquisa constatou que, entre 2020 e 2021, a cada três ou quatro dias, um policial militar tirou a própria vida no Brasil.

O  número de suicídios entre policiais aumentou cerca de 55% no período acima, e já é superior ao de policiais mortos em confronto.

Considerando que esses profissionais expostos diariamente a situações de estresse e pressão, e ainda diante do aumento dos casos de suicídio, se faz necessário garantir o acesso gratuito a tratamentos de ordem psicológica e psiquiátrica.

A medida abrange integrantes das Forças Armadas e agentes das polícias militar, federal e civil, além de outros profissionais de segurança que, pela lei, têm direito ao porte de armas.

A proposta ainda precisa ser analisada pelas seguintes comissões: de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para que seja concluída. 

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Priscila Gonzalez Cuozzo

Priscila Gonzalez Cuozzo é graduada em Direito pela PUC-Rio, especialista em Direito Penal e Criminologia pelo ICPC e em Psicologia pela Yadaim. Advogada e Consultora Jurídica atuante nas áreas de Direito Administrativo, Tributário e Cível Estratégico em âmbito nacional. Autora de artigo sobre Visual Law em obra coletiva publicada pela editora Revista dos Tribunais, é também membro do capítulo brasiliense do Legal Hackers, comunidade de inovação jurídica.

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