Polêmica na Apae: professora dispensada após conter aluna de maneira controversa

Em um episódio que gerou ampla discussão sobre as práticas educacionais em instituições especializadas, uma professora da Apae de Irati foi dispensada do cargo após um incidente em que aparece contendo uma aluna de forma questionável. O caso, que veio à tona através de uma denúncia anônima, ocorreu no último dia 15 de maio e foi registrado pelas câmeras de segurança da instituição.

A professora, identificada como Cleonice, tem longa trajetória de 26 anos de serviços prestados à instituição. No entanto, sua carreira foi abalada após as imagens do incidente serem analisadas pela Polícia Civil do Paraná. A cena mostra Cleonice segurando a aluna pelo cabelo, em um momento descrito por ela como tentativa de impedir uma fuga que colocaria a jovem em risco.

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O que dizem os advogados e a posição da Apae?

Segundo a defesa de Cleonice, a ação foi uma resposta imediata para evitar que a estudante, que possui transtornos comportamentais, fugisse para a estrada próxima, possivelmente se expondo a um grave acidente. Os advogados argumentam que não houve intenção de agredir a aluna, mas sim de protegê-la, sendo esse o único meio viável visto pelo educador no momento.

Decisões tomadas pela instituição e repercussão

Após o episódio, a Apae de Irati agiu rapidamente, afastando Cleonice e solicitando oficialmente seu desligamento à Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Além disso, a instituição manifestou seu apoio à família da aluna, reiterando seu compromisso com a segurança e o bem-estar dos estudantes. A Federação das Apaes também se pronunciou, repudiando qualquer ato de violência dentro do ambiente educacional, independente das circunstâncias.

Como a comunidade e as autoridades responderam?

A divulgação das imagens causou um forte impacto na comunidade local e a opinião pública rapidamente se voltou para o caso, gerando debates sobre as práticas adotadas por educadores em situações de crise. Enquanto alguns defendem Cleonice, argumentando que a professora enfrentou uma situação de difícil controle, outros criticam a abordagem utilizada, classificando-a como inapropriada e excessiva.

O Delegado Rafael Rybandt, que está à frente das investigações, indicou que há indícios de maus-tratos pelo modo como a aluna foi contida. As investigações continuam com o objetivo de esclarecer todos os detalhes desse incidente considerado isolado, e a expectativa é que Cleonice seja ouvida ainda esta semana.

Este caso sublinha a importância de revisar e fortalecer as diretrizes que regem as intervenções físicas em ambientes educacionais, especialmente em instituições especializadas como a Apae, onde os alunos muitas vezes necessitam de cuidados específicos e adaptados às suas condições psicológicas e comportamentais.