Operações em aeroporto revelam esquema de tráfico

O programa Fantástico obteve acesso a imagens exclusivas de uma série de delitos perpetrados por um grupo criminoso atuante num aeroporto brasileiro. As gravações capturaram o cotidiano desses elementos, ilustrando como eles conduziam as operações ilegais. Entre os detidos, encontra-se Carolina Pennachiotti, 35 anos, flagrada em uma das filmagens questionando sua ocupação ilícita, na qual organizava o comércio de drogas no terminal.

Ao expor a rotina dos criminosos, o Fantástico revela uma estratégia bem organizada de tráfico de drogas. Segundo investigações da Polícia Federal, esse mesmo grupo foi responsável por uma série de crimes semelhantes. Em primeiro lugar está o falso check-in, no qual os criminosos chegavam ao aeroporto com malas repletas de drogas e, após entrarem em contato com um comparsa que trabalhava no local, entregavam a mochila que, em seguida, era despachada para diferentes destinos internacionais.

Leia mais:

Desempregado furta carne e é condenado a 9 meses e 18 dias de prisão

Responsável por massacre recebe sentença inédita de 90 prisões perpétuas consecutivas

Como a droga era despachada para o exterior?

A primeira fase da operação envolvia um falso check-in. Como demonstrado nas imagens do Fantástico, um veículo entrava no aeroporto e o motorista deixava o local. Um homem surgia com uma mala cheia de entorpecentes, que era então entregue a Tamiris Zacharias, 31 anos, funcionária da Gol Linhas Aéreas. Ela simulava o registro da bagagem, mas nenhum comprovante era emitido. A mala carregada com cocaína era enviada para esteira e despachada para seu destino final.

Qual era a gíria usada pelos criminosos?

Os criminosos utilizavam linguagem codificada para comunicar-se entre eles. De acordo com os investigadores, a palavra “bola” significava despachar cocaína. Além disso, o termo “café” era usado para se referir a um pagamento antecipado pelo crime que acabavam de cometer.

Os bandidos foram detidos e estão sob custódia das autoridades brasileiras. Enquanto as investigações procedem, todas as companhias aéreas e empresas terceirizadas afetadas pelos crimes colaboram ativamente com a polícia, e algumas já tomaram ações concretas contra os integrantes do esquema.

Confira as imagens exibidas no Fantástico:

E agora, quem são os chefes da quadrilha?

A Polícia Federal identificou três suspeitos de liderar o bando criminoso. Entre eles está Fernando Reis, conhecido como Brutus, que planejou a desculpa que Tamiris deveria usar caso fosse interrogada sobre o despacho feito no check-in.