Julgamento de queixa-crime de Abraham Weintraub contra Maria do Rosário é suspenso
O Supremo Tribunal Federal suspendeu o julgamento da queixa-crime apresentada pelo ex-ministro da educação, Abraham Weintraub, contra a deputada federal Maria do Rosário. A decisão foi tomada após o ministro André Mendonça pedir destaque ao julgamento na última terça-feira (21), o que faz com que o julgamento que era realizado de forma virtual se reinicie no plenário físico da Suprema Corte. A expectativa é de que o julgamento aconteça nesta sexta-feira (24).

Abraham Weintraub ajuíza queixa-crime contra Maria do Rosário
O ex-ministro da educação deixou o cargo para assumir a direção de um banco com sede na cidade de Washington, nos Estados Unidos. Na data da exoneração, a deputada Maria do Rosário disse por meio de suas redes sociais que Weintraub, com o apoio do então presidente da República, Jair Bolsonaro, havia praticado corrupção, tráfico de influência e falsidade ideológica ao entrar nos EUA.
Diante desse contexto, o ex-ministro entrou com uma queixa-crime contra a parlamentar perante o STF, alegando que Maria do Rosário havia cometido crime contra a sua honra, imagem e reputação. Na peça, ele destaca ainda o alcance das falas da deputada que foram vistas por inúmeras pessoas na internet
Ao se manifestar no processo, a deputada sustentou que está protegida pela imunidade parlamentar, a Procuradoria-Geral da República, por sua vez, opinou a favor da tese da deputada.
O caso chegou ao STF sob a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso, que rejeitou a queixa-crime por meio de decisão monocrática. Weintraub contestou a decisão e argumentou que é possível afastar a imunidade parlamentar no caso em questão tendo em vista que a declaração não estava atrelada ao exercício do mandato.
O processo estava sendo julgado por meio de plenário virtual, e já tinham se manifestando pela manutenção da decisão monocrática o ministro Barroso e a ministra Carmén Lúcia, em seguida, André Mendonça pediu destaque ao caso.
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Fonte: Conjur