O Verdadeiro Serial Killer de Boston: Desvendando a História por Trás do Filme ‘O Estrangulador’

Na década de 1960, um personagem sombrio assombrou a cidade de Boston, nos Estados Unidos. Seu nome era Albert DeSalvo e ele ficou conhecido como “Estrangulador de Boston“. Preso em 1967, ficou comprovada sua responsabilidade na morte de quatro mulheres, mas o próprio criminoso afirmou ter vitimado 13 ao todo.

Capturada pela produção cinematográfica, a história de DeSalvo e de duas repórteres que, lutando contra o sexismo preponderante na época, buscaram desvendar os crimes do “estrangulador de Boston”, é retratada no filme de Matt Ruskin, com atuações de Keira Knightley e Carrie Coon. Todavia, a obra apenas pincela a complexidade em torno de DeSalvo e o medo que se espalhou por Boston durante sua série de assassinatos.

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O verdadeiro ‘Estrangulador de Boston’

Albert DeSalvo, cujo julgamento começou em janeiro de 1967, acabou sendo condenado à prisão perpétua pelos assassinatos de quatro mulheres cometidos na capital do estado de Massachusetts. Todas as suas vítimas foram mortas asfixiadas e encontradas apenas com meias e roupa íntima, o que gerou ainda mais medo e repulsa entre a população.

Contudo, o caso ganhou contornos ainda mais sombrios quando DeSalvo alegou ser responsável pela morte de 13 mulheres entre 1962 e 1964. Mesmo sem encontrarem provas que o ligassem a todos esses casos, a alcunha de ‘estrangulador de Boston’ permaneceu vinculada a DeSalvo, marcando sua figura na história da criminalidade norte-americana.

A prisão e fuga de DeSalvo

Depois de sua condenação, DeSalvo foi encaminhado para o Bridgewater State Hospital para tratamento psiquiátrico. Surpreendentemente, em fevereiro de 1967, ele conseguiu fugir, causando pânico entre os habitantes de Boston e de todo o país. Foi recapturado somente alguns dias depois, a 70 quilômetros do hospital, e transferido para uma penitenciária de segurança máxima em Walpole, Massachusetts.

Preso novamente, esperava-se que DeSalvo passasse o resto de seus dias na penitenciária. Mas em um final quase tragicamente irônico, faleceu precocemente, aos 42 anos, encontrado com várias facadas na cela em 25 de novembro de 1973. Apesar dos pedidos para que DeSalvo fosse isolado para protegê-lo de outros prisioneiros, seu destino foi selado dentro da própria prisão.

Investigações pós-morte: O veredito final

Passaram-se algumas décadas e, em 2001, as famílias de DeSalvo e de uma de suas vítimas, Mary Sullivan, solicitaram a exumação de seus corpos para testes de DNA. Embora o teste inicial não tenha ligado DeSalvo à morte de Sullivan, mais de uma década depois, em 2013, novas evidências de DNA provenientes da cena do crime finalmente comprovaram que Albert DeSalvo era, de fato, o assassino de Mary Sullivan, solidificando sua infame reputação como o ‘Estrangulador de Boston’.