Região onde médicos foram assassinados no RJ é marcada por extorsão contra comerciantes e moradores
Aumento do crime organizado aflige comerciantes na Barra da Tijuca
O assassinato dos médicos em um dos bairros mais sofisticados do Rio de Janeiro, a Barra da Tijuca, trouxe à tona a realidade aterradora da vida comerciante na região. Demonstra um contexto turbulento onde a presença do crime organizado está se tornando cada vez mais aparente.
Estes trágicos eventos emergiram como um alerta perturbador para a sociedade local, pois revelaram a amarga realidade que comerciantes de um bairro da região, a Gardênia Azul, são forçados a enfrentar diariamente. Os pequenos empreendedores sentem-se pressionados a pagar taxas para diferentes grupos criminosos para garantir a segurança de suas lojas e negócios.
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Por que os comerciantes estão sendo pressionados a pagar taxas para organizações criminosas?
De acordo com informações partilhadas por um comerciante local, se eles não pagarem as chamadas “taxas de proteção” aos grupos criminosos, suas lojas podem ser vandalizadas. E os pagamentos exigidos não são pequenos – cada grupo cobra uma média de R$ 50 por semana.
Pior ainda, a Gardênia Azul – onde os corpos dos supostos assassinos dos médicos foram encontrados – está situada ao lado da Cidade de Deus, uma área dominada pela facção criminosa Comando Vermelho. Ao mesmo tempo, a milícia controla várias regiões do conglomerado de Jacarepaguá, que integra a Gardênia, a Cidade de Deus e seus arredores.
Qual é o impacto da pressão do crime organizado nos comerciantes locais?
Por serem forçados a pagar “pedágios” de proteção para evitar danos aos seus negócios ou até enfrentar perigos mais graves, é claro que a vida de quem tem um negócio no Rio de Janeiro é extremamente dura. Em muitas partes da cidade, a presença de criminosos é mais evidente do que a do poder público, lembrando que a responsabilidade de garantir a segurança dos cidadãos é do Estado.
No caso do assassinato dos médicos, suspeita-se que eles tenham sido confundidos com milicianos pelos traficantes locais que, por engano, os executaram. Trata-se de uma representação brutal da triste realidade do crime organizado na região.
Como enfrentar o problema do crime organizado?
É evidente que as autoridades locais e nacionais precisam tomar medidas enérgicas para conter o avanço do crime organizado na região da Barra da Tijuca. Os comerciantes, que desempenham um papel fundamental na economia local, precisam ser protegidos. A impunidade não pode prevalecer e é necessário garantir que todos os cidadãos, não importa sua ocupação ou localização, desfrutem de suas vidas em um ambiente seguro e harmonioso.
Fonte: Metrópoles