Chacina do Curió: Reviva os julgamentos chocantes de massacres no Brasil
Chacinas no Brasil: um histórico de impunidade
As chacinas ocorrem com frequência no Brasil e despertam preocupação devido à crescente impunidade. Neste artigo, relembramos alguns dos casos mais emblemáticos e seus desfechos judiciais.
LEIA MAIS:
Libertado após 3 anos: Justiça reconhece prisão injusta e expõe falhas no sistema penal
A trágica saga de Maria Carolina: a princesa brasileira que enfrentou os horrores dos nazistas
Massacre do Carandiru: 1992
O maior massacre da história do Brasil ocorreu no presídio Carandiru, em São Paulo, deixando 111 mortos. Ao todo, 121 policiais foram indiciados em tribunais militares, 116 levados a júri pela Justiça civil e 74 condenados. No entanto, até o momento, nenhum foi preso e todos aguardam em liberdade julgamento de recursos.
Chacina da Candelária: 1993
Em 1993, na cidade do Rio de Janeiro, ocorreu a Chacina da Candelária, em que dois carros com placas cobertas pararam em frente à Igreja da Candelária e atiraram em pessoas em situação de rua. Sete homens foram indiciados, sendo dois policiais militares e um ex-PM. Três foram inocentados, um condenado apenas por guardar uma das armas do crime e os outros três seguem em liberdade.
Chacina de Vigário Geral: 1993
Também no Rio de Janeiro, a Chacina de Vigário Geral deixou 21 vítimas executadas em represália à morte de quatro PMs no mesmo bairro. Das 52 acusações formais, apenas seis PMs foram condenados.
Chacinas em Osasco e Barueri: 2015
Esta chacina ocorreu na Grande São Paulo e contou com 18 mortes nas cidades de Osasco e Barueri. Três policiais militares e um guarda civil foram denunciados pelo Ministério Público, sendo as penas somadas superior a 700 anos de prisão.
Outros casos
Além desses, há diversos outros casos de chacinas no Brasil, como o Massacre de Corumbiara (1995), Massacre de Eldorado dos Carajás (1996), Chacina da Sé (2004), Chacina do Parque Oeste Industrial (2005), Chacina da Baixada (2005), Chacina do Alemão (2007), Chacina de Costa Barros (2015), Chacina do Jacarezinho (2021) e Chacina da Vila Cruzeiro (2022). A maioria dos casos permanece sem solução ou com impunidade.
Infelizmente, muitos desses casos permanecem sem um desfecho adequado e com impunidade para os responsáveis. A busca por justiça prossegue, embora a impunidade seja um problema crônico no Brasil. A sociedade espera que os mecanismos legais funcionem de maneira efetiva para combater a violência e garantir a segurança de todos os cidadãos.