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Renan Calheiros descarta que Lula anistie Bolsonaro por supostos crimes cometidos durante a pandemia

Após Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser eleito novo presidente do Brasil, o senador Renan Calheiros se manifestou sobre a questão envolvendo Bolsonaro (PL) e a CPI da COVID-19.

O parlamentar descartou a possibilidade de o governo de Lula anistiar Jair Bolsonaro por supostos crimes cometidos durante a pandemia

A declaração foi feita na segunda-feira, 14 de novembro, em entrevista ao portal UOL.

Renan Calheiros se mostra contrário ao arquivamento da CPI do Covid-19 que acusava Jair Bolsonaro

Para Renan, Jair estaria “desesperado” em busca de um “acordo de não punição” no âmbito de investigações abertas a partir da CPI da Pandemia. 

“Bolsonaro está apavorado, querendo uma anistia, um acordo de não punição. Mas isso, na circunstância em que ele criou no Brasil, é difícil de acontecer.”

Após levantar a questão da CPI do Covid-19 contra Bolsonaro, Renan também criticou a atuação da Procuradoria-Geral da República, que chegou a pedir o arquivamento de investigações que miram Bolsonaro e outras autoridades. 

“O tratamento que a Procuradoria-Geral da República deu à investigação da CPI é um absurdo.”

Ele referiu que o atual presidente que não obteve a reeleição, Jair Bolsonaro, teria sido denunciado por 9 crimes, o que não poderia ser alterado.

“Bolsonaro foi denunciado por nove crimes, e a procuradoria já o isentou em oito. Mas ele é acusado de crimes contra a humanidade. Esses crimes são imprescritíveis, transnacionais, isso não ficará sem ser investigado.”

A manifestação de Renan Calheiros fez referência ao fato que, no dia 7 de novembro, a PGR voltou a pedir o arquivamento de procedimentos abertos para apurar as condutas de Jair Bolsonaro.

No parecer enviado ao STF, o Ministério Público Federal diz que a conduta praticada por Bolsonaro teria ocorrido “dentro dos limites da liberdade de manifestação de pensamento e política e sem qualquer conteúdo alusivo à prática de crimes”.

A CPI informava que Bolsonaro e aliados teriam incitado os brasileiros a desrespeitarem medidas sanitárias preventivas ao disseminarem informações falsas sobre o novo coronavírus, o uso de máscaras, o isolamento social e a eficácia das vacinas, além da defesa do tratamento precoce e da imunidade de rebanho.

Fonte: Carta Capital

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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