NoticiasDireito Penal

Romero Jucá é alvo de operação contra fraudes milionárias

O ex-senador Romero Jucá (MDB) é um dos investigados de operação da Polícia Federal contra supostas fraudes em convênios de prefeituras de Roraima com o Governo Federal, deflagrada na terça-feira.

Segundo a PF, foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão na Operação Imhotep. 

Agentes federais estiveram no prédio onde funciona uma produtora e o escritório de Jucá no bairro Canarinho, em Boa Vista, e também na casa dele, no bairro Paraviana.

Romero Jucá é investigado por crimes de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, na prefeitura de Roraima

Os principais crimes investigados são fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Além de Romero Jucá, pessoas ligadas a ele são alvos da operação. Não foram informados os nomes dos demais investigados.

As investigações da PF encontraram indícios da existência de uma organização criminosa suspeita de fraudar a celebração de convênios com prefeituras em Roraima entre 2012 e 2017, em especial com o município de Boa Vista.

Três empresas de engenharia pagariam propinas, que seriam distribuídas a servidores públicos que auxiliavam na prática dos crimes e ao ex-senador que teria participação no esquema. Os recursos chegariam ao ex-parlamentar por meio de familiares e de empresas de que são sócios, que receberam os valores inicialmente.

Há indícios que o ex-senador interferiria em assuntos relacionados a convênios nos quais houvesse a aplicação de verbas federais viabilizadas por ele, havendo evidências, inclusive, do “travamento” de pagamentos de verbas oriundas de emendas parlamentares de sua autoria caso não houvesse o pagamento de propinas.

As empresas suspeitas de integrar o esquema seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em convênios durante o período, de forma que a investigação já teria identificado ao menos R$ 15 milhões pagos a título de propina.

Os principais crimes investigados são fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

A soma das penas para estes crimes pode ultrapassar 35 anos de reclusão.

Fonte: G1

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo