Aumento acentuado de roubos de celulares abala Moema

O bairro Moema, situado na Zona Sul de São Paulo e conhecido por ser uma região de classe média alta, viu o número de roubos de celulares disparar no último ano. Foram registrados incríveis 1.529 furtos e roubos de celulares em 2023, acendendo um alerta para os moradores e forças policiais.

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O perigo nas ruas

Nas gravações das câmeras de segurança, é assustador ver a violência empregada pelos criminosos, que em grupos de dois ou três indivíduos, pilotando motocicletas e armados, ameaçam e cercam pedestres para roubar seus celulares. “Evito usar o celular na rua. Você tem um celular seu, quando precisa, e às vezes não usa para não perder”, disse Ernanes Costa, zelador do bairro.

Não são apenas os moradores que sofrem com a situação. Comerciantes como Renata Chedid, proprietária de um café no bairro, falam sobre o pavor que sentem todos os dias. “Não precisa nem dormir para ter um pesadelo, o pesado está aqui, na porta do meu café”, contou Chedid. O marido de Renata foi vítima de um assalto na porta de seu próprio estabelecimento.

Com medo da crescente onda de roubos, vários moradores de Moema se mobilizaram para criar grupos de discussão e segurança nas redes sociais. Thaya Marcondes, uma publicitária do bairro, criou o que ela chama de “grupo de segurança” após seu filho ser assaltado por cinco motoqueiros disfarçados de entregadores. Atualmente, segundo Marcondes, 37 mães e 8 guardiões, todos à paisana, andam pelo bairro em prol da segurança.

Riscos da segurança privada

A contratação de serviços informais de segurança, porém, pode trazer vários riscos. Bruno Paes Manso, pesquisador da Universidade de São Paulo, alerta que esse tipo de medida pode acabar causando mais problemas do que soluções, “De repente, uma ação violenta do policial, arma sendo usada, tiroteio”, explicou.

Escolas investindo em segurança

A insegurança levou algumas escolas particulares de Moema a investirem em segurança privada. Uma delas investe R$ 300 mil por ano em equipe de segurança e treinamento de funcionários. A escola tem 18 posições fixas, como portarias e perímetro, e 2 rondas, a fim de minimizar assaltos no entorno.

As autoridades, até o momento, não conseguiram controlar a situação que está alarmante e cria um clima de temor nos moradores e trabalhadores do bairro. Assim, a população de Moema, aparentemente, está tomando as rédeas da situação.