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Scanner 3D: veja como funciona a tecnologia usada na investigação da morte do adolescente Thiago Flausino

A Tecnologia scanner 3D a favor da resolução de Crimes

Uma inovação tecnológica tem contribuído significativamente para a solução de crimes, especialmente em áreas propensas a conflitos armados. Implementado desde 2021 pelo Ministério Público do Rio (MPRJ), o scanner 3D tem sido empregado na recriação e mapeamento de locais onde ocorreram crimes. Esse scanner é capaz de trazer a dimensão completa dos espaços, retratando-os em detalhes e 360°.

Essa tecnologia tem um papel crucial principalmente em áreas de conflitos armados, onde crimes acontecem frequentemente. Ela permite aos investigadores e peritos técnicos voltar ao cenário do crime sempre que necessário, graças à recriação fiel do espaço, que fica disponível em ambiente virtual.

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O scanner 3D é infalível?

Em situações de investigações criminais, a tecnologia é uma aliada importante, mas não isenta. Apesar de ser um formato avançado e detalhado de análise, o MPRJ ressalta que o scanner a laser 3D não substitui a perícia in loco feita pela polícia. Ele atua como um complemento, permitindo a preservação da cena em ambiente virtual, facilitando assim as diferentes perspectivas e averiguação das múltiplas versões do caso.

Aplicações concretas da tecnologia

Um dos casos que exemplificam a utilidade do scanner a laser 3D é o de Thiago Flausino, garoto de 13 anos que foi assassinado por policiais na Cidade de Deus em 6 de agosto. Graças à tecnologia, o crime pôde ser reconstituído virtualmente, com a possibilidade de analisar ângulos de disparo, o deslocamentos da bala, posição dos suspeitos e da vítima.

Outro exemplo é o caso de João Pedro, morto aos 14 anos numa operação no Complexo do Salgueiro, São Gonçalo, em 2020. O scanner foi fundamental para mapear a cena do crime, reproduzindo o tamanho do muro da casa e a disposição dos quartos, o que permitiu identificar com precisão onde os disparos foram efetuados.

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Impacto da tecnologia nas investigações

Segundo Eduardo Campos, coordenador de Segurança e Inteligência do MPRJ, a tecnologia é extremamente relevante para os trabalhos investigativos do órgão. Ele destaca que a ferramenta traz de retorno inegável para toda a sociedade e também para o Juízo, pois permite uma reprodução simulada da cena do crime de alta qualidade visual, contribuindo para a formação de um convencimento mais robusto sobre o caso.

Redação

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