5 Serial Killers capturados com a ajuda do Criminal Profiling
5 Serial Killers capturados com a ajuda do Criminal Profiling
O Criminal Profiling é considerado um tema controverso e pouco se fala sobre o seu envolvimento em casos específicos, contudo, nos Estados Unidos, o FBI já conseguiu resolver homicídios em série com a ajuda de analistas comportamentais utilizando métodos do Criminal Profiling para facilitar as investigações com poucas evidências e de difícil definição para quem teria cometido os crimes. Entre eles estão cinco casos famosos de serial killers a partir da década de 70.
Conheça um pouco sobre eles e como o Criminal Profiling auxiliou em suas capturas.
1. Wayne Williams, o Monstro de Atlanta
No final da década de 70, vários assassinatos brutais foram conectados entre si após uma análise comportamental identificar padrões nas características das vítimas indicando serem garotos negros pegos em público durante o dia.
Graças a essa conclusão, vários assassinatos que não eram relacionados com esse perfil foram excluídos, o que facilitou a captura de Wayne que foi condenado pela morte de dois jovens, sendo que as investigações o colocavam como possível culpado de pelo menos 25 casos em que os corpos eram desovados em um rio de Atlanta.
2. Ted Bundy
Um dos assassinos mais conhecidos no mundo por atrair mulheres universitárias até seu carro fingindo ser deficiente físico, estuprá-las e matá-las foi descoberto com a ajuda de dois especialistas do FBI que estudaram os padrões comportamentais de como ele agia, tanto na escolha das vítimas, como na forma que as atraía e como as matava.
Nesses estudos foi possível identificar características bem específicas da sua atuação do início ao fim do crime e por isso, essas análises cuidadosas levaram a um entendimento da personalidade e do comportamento do criminoso que possibilitou levar a público informações que pudessem identificá-lo.
Com isso, ele foi descoberto, colocado na lista dos dez criminosos mais procurados dos Estados Unidos e após um período de fuga, Ted Bundy foi finalmente capturado no começo de 1978 e condenado à cadeira elétrica.
3. George Metesky, o Mad Bomber
Apelidado de Mad Bomber de Nova York, Metesky foi responsável por plantar mais de 30 bombas caseiras ao redor da cidade de Nova York e conseguiu se manter fora do radar da polícia por 16 anos. Suas bombas causaram danos a propriedades, mas também feriu e matou pessoas que passavam por perto na hora em que a bomba era detonada.
Após anos de tentativas frustradas de encontrar o criminoso, a polícia resolveu consultar um psiquiatra chamado James Brussel que construiu um perfil psicológico a partir de fotos das cenas do crime e das cartas enviadas para a polícia e a imprensa. Ele foi um dos precursores do Criminal Profiling e entre outras informações, afirmou que o criminoso era solteiro, entre 40 e 50 anos, introvertido e religioso.
Disse também que provavelmente era mecânico qualificado, hábil com as ferramentas e que tinha um ressentimento crescente dos seus empregadores por ter dificuldade de aceitar críticas. Com um perfil detalhado foi possível chegar até George Metesky que se enquadrava no perfil e confessou seus crimes.
4. Joseph Paul Franklin
Franklin serviu como um perfeito exemplo de criminoso que possui um escalonamento em seus crimes, como define os analistas comportamentais. Suas matanças demonstravam ser caóticas e violentas, e suas vítimas só tinham um fator em comum, não serem brancas.
Seguindo uma infância abusiva, Franklin foi atraído pela dominância e controle que a supremacia branca oferecia. Ele geralmente defendia suas ideologias violentamente e evitava a maioria dos grupos organizados porque acreditava que não levavam a filosofia longe o bastante.
O dia do trabalho de 1976 foi marcado pelo seu primeiro ataque violento, mas seu padrão continuou por vários anos com crimes de oportunidade cada vez mais graves. Ele percorreu o país roubando bancos para se sustentar e tirava a vida daqueles que preenchiam certos critérios.
Por ser altamente móvel, apenas o perfil criminal do FBI indicando seus critérios e analisando seus padrões comportamentais possibilitou a sua captura em 1980.
5. Andrew Cunanan
No final dos anos 90 uma matança caótica protagonizada por Andrew Cunanan culminou com o assassinato do barão da moda, Versace, em Miami Beach, Flórida. Cunanan era altamente inteligente e motivado pela necessidade de viver uma vida de luxo tendo se engajado na prostituição para complementar sua renda.
Até que uma repentina mudança para roubos de oportunidade e fuga que seguiu o levou a uma escalonada abrupta para assassinatos. O FBI que já o acompanhava antes dos homicídios e analisava suas características comportamentais e de personalidade, conseguiu seguir seu rastro de Minneapolis para Miami.
A pressão da perseguição intensificada o levou a tirar a própria vida logo após a de Versace. Esse caso, inclusive, foi retratado recentemente na 2ª temporada de American Crime Story.
Existem diversos casos de homicídios, mas também de estupros, roubos, arrombamentos e incêndios que já foram resolvidos por meio de análises comportamentais e perfis psicológicos, entre outros, de acordo com os estudos Criminal Profiling, esses são somente alguns exemplos de como esse método pode auxiliar em investigações em andamento e facilitar a definição e a captura do criminoso, uma vez que entendendo a mente e o comportamento do autor de um crime é possível analisar seus próximos passos e entender suas motivações.
REFERÊNCIAS
Five Serial Killers Caught Using Criminal Profiling. Disponível aqui.
INNES, Brian. Perfil de uma mente criminosa: a psicologia solucionando crimes na vida real. São Paulo: Editora Escala, 2009.