STJ nega habeas corpus para Francisco Mairlon, condenado pelo Crime da 113 Sul
Nesta quinta-feira, 08 de fevereiro, um pedido de habeas corpus apresentado pela Organização Não Governamental Innocence Project Brasil, foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mantendo Francisco Mairlon na prisão.
Mairlon foi condenado por seu envolvimento em um caso de triplo homicídio em 2009, conhecido como o Crime da 113 Sul.
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Mairlon 13 anos na espera por justiça
Francisco Mairlon está preso há 13 anos pela acusação do crime. Na semana anterior, a ONG Innocence Project Brasil solicitou um habeas corpus em seu favor, após uma mudança no depoimento de Paulo Santana, também condenado pelo crime. Em seu depoimento, Santana negou a participação do detento nas mortes.
Um caso de triplo homicídio brutal
As vítimas do triplo homicídio, ocorrido em 2009, incluíam o ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela, sua esposa Maria Villela, que era advogada, e Francisca Nascimento Silva, uma funcionária do casal. Eles foram assassinados brutalmente em sua residência.
O pedido da ONG Innocence Project Brasil ao STJ era uma liminar para suspender os efeitos da condenação de Francisco Mairlon, permitindo que ele esperasse em casa o julgamento do pedido de revisão do caso.
Considerações da ONG
O argumento da ONG é de que a condenação de Mairlon se baseou exclusivamente em confissões e incriminações extraídas na fase administrativa do processo, as quais foram expressamente retificadas posteriormente. “Encarcerado há mais de 13 anos por crimes que não cometeu, Francisco Mairlon e a família dele confiam que sua inocência será enfim reconhecida”, comunicou a ONG.
Ainda não houve acesso à decisão completa do STJ, que deve ser liberada nesta sexta-feira, 09 de fevereiro.
Nova revelação
Em uma entrevista gravada em 17 de janeiro e liberada pelo Innocence Project, uma iniciativa voltada para revisitar casos que envolvem condenações de inocentes, Paulo Santana confessou que Francisco Mairlon é, na verdade, inocente. “Francisco Mairlon não tem nada a ver com o triplo homicídio. Ele foi levado em um processo a pagar por um crime que não cometeu. Ele está [preso] há 14 anos [mas é] inocente”, afirmou Paulo.
Fone: Metrópoles