Surto de violência em Montevidéu: guerra de gangues ameaça segurança no Uruguai
Capital uruguaia testemunha aumento na criminalidade
Antes vista como um bastião de tranquilidade e segurança na América Latina, a cidade de Montevidéu, capital do Uruguai, está sendo palco de um preocupante aumento na criminalidade. A razão para tal súbita mudança é o intenso conflito entre várias gangues, que disputam o controle do mercado de drogas local.
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Bairros no epicentro da violência
No coração dessa guerra urbana estão os bairros de Villa Española e Peñarol. Esses distritos se transformaram em campos de batalha, colocando em risco a reputação do Uruguai como um dos países mais seguros da América Latina. Em Villa Española, os confrontos armados tornaram-se tão frequentes que os moradores receberam até um “toque de recolher” imposto pelos narcotraficantes, forçando-os a permanecerem em suas casas durante a noite.
Reação das autoridades
Em resposta a essa crescente onda de violência, o governo do Uruguai, liderado pelo presidente Luis Lacalle Pou, lançou uma grande operação policial nos bairros mais atingidos. O presidente enfatizou que o governo está trabalhando numa “estratégia forte” para combater o aumento da criminalidade e apelou a um maior esforço para combater o tráfico de drogas.
Números alarmantes
Segundo dados do governo, o Uruguai, que costumava ser um dos países mais pacíficos da América Latina, viu o número de homicídios disparar de 283 em 2017 para 420 em 2018. Em 2021, o número de mortes violentas caiu para 300, mas voltou a aumentar nos dois anos seguintes.
Questões mais profundas
Além dos problemas nas ruas, um relatório do Comissário Parlamentar para o Sistema Penitenciário do Uruguai revelou que a população carcerária do país triplicou nas últimas duas décadas, crescendo 10% ao ano. Esta situação criou uma crise no sistema penitenciário, que está agora repleto de superlotação e violência – uma clara indicação da crescente atividade criminosa na outrora segura nação uruguaia.