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Morte de 4 médicos no Rio: um suspeito ainda está vivo; buscas chegam a outro estado

Em outubro de 2023, quatro médicos-ortopedistas foram mortos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Dos três envolvidos no crime, apenas um suspeito ainda está vivo: Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW. O sobrevivente foragido é membro do Comando Vermelho e tem sido procurado pela Polícia Civil (PCERJ) desde os assassinatos do ano passado. As buscas já se estendem até o Estado de Minas Gerais.

Além desse suspeito, Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Soares de Almeida, também são apontados como autores dos assassinatos, e foram encontrados mortos cerca de 12h depois do atentado no quiosque da Barra. A suspeita é de que o próprio tráfico, por retaliação, seja responsável pelas mortes.

Morte de 4 médicos no Rio: único suspeito que ainda está vivo e buscar chegam a outro estado
Foto: Reprodução/EXTRA

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Suspeito teria tentado invadir comunidade comandada por milícia

Além do crime contra os médicos, a polícia apura se BMW está envolvido em uma tentativa de invasão à comunidade Rio das Pedras, também na Zona Oeste, no dia 6 de janeiro. A localidade é chefiada pela milícia de Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, com quem o ortopedista Perseu Ribeiro Almeida foi confundido e morto no quiosque, ao lado de seus amigos. Taillon foi preso, em 31 de outubro, pela Polícia Federal, junto ao pai, Dalmir Pereira Barbosa.

Tanto BMW, quanto Lesk e Ryan faziam parte da Equipe Sombra, pertencente ao CV. Ex-milicianos, eles se aliaram ao tráfico para a tomada de regiões há décadas dominadas por grupos paramilitares. O acordo entre os lados aconteceu em meio a um processo de fragmentação da milícia do Rio, que aconteceu após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Zinho, durante uma operação da Polícia Civil, em 2021. Com a brecha, traficantes começaram um processo de expansão de territórios, o que acabou levando parte dos milicianos locais a se aliarem à facção.

Operação para encontrar o suspeito

No dia 9 de outubro de 2023, as polícias Civil e Militar organizaram uma operação no Complexo da Maré e na Vila Cruzeiro, ambos na Zona Norte, e na Cidade de Deus, na Zona Oeste, para capturar integrantes do CV, entre eles, BMW.

À época, o antigo secretário de Polícia Civil, José Renato Torres, afirmou que o suspeito era o último da Equipe Sombra a ser encontrado.

— Essa é nossa expectativa, de capturá-lo com vida para esclarecer ainda mais as circunstâncias de como tiraram as vidas de inocentes, dos médicos (mortos na Barra da Tijuca) — disse Torres.

Outros suspeitos foram encontrados sem vida em menos de um dia

Lesk e Ryan foram encontrados sem vida na noite do dia 5 de outubro, cerca de 12h após o assassinato dos médicos. O primeiro estava no porta-malas de um Toyota Yaris na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul. Enquanto o outro foi localizado em um Honda HRV, na Rua Abraão Jabor, no Camorim. Ryan era apontado pela polícia como o braço direito de Lesk.

Para a Delegacia de Homicídios da Capital, eles podem ter sido executados por retaliação dos próprios comparsas, após terem, possivelmente, confundido o ortopedista Perseu com o miliciano Taillon. Esse é acusado pelo Ministério Público de atuar em uma milícia que explora transporte alternativo, água, gás e TV a cabo em Rio das Pedras, na Muzema, e em outras comunidades vizinhas.

Fonte: EXTRA

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