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Médico suspeito de estuprar pacientes: número de vítimas chega a 6; entenda o caso

Duas pacientes do médico proctologista Paulo Augusto Berchielli, de 63, afirmam terem sido abusadas por ele. Essas acusações recentes se juntam a mais 4 realizadas anteriormente por outras vítimas. O Tribunal de Justiça de São Paulo abriu um mandado de prisão contra Paulo por tempo indeterminado

Médico nega ter estuprado pacientes

O advogado de Berchielli, Daniel Bialski, diz que o médico não concorda com as acusações feitas por suas pacientes. O representante do médico afirma que a inocência de seu cliente será comprovada durante o processo. Bialski solicitou um habeas corpus, que foi negado pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 6 de setembro.

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O promotor de Justiça, Daniel Magalhães Albuquerque da Silva, realizou uma denúncia contra Paulo Augusto Berchielli, em 9 de agosto. O documento foi recebido e referendado pelo juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Paciente relatou ter contraído DST após cirurgia

Uma das vítimas recentes tem 29 anos e trabalha como auxiliar de enfermagem. Ela procurou Berchielli para fazer uma cirurgia de hemorroidas, o procedimento ocorreu em 17 de outubro de 2019.

Segundo a prima da vítima que a acompanhou na clínica, o procedimento durou cerca de quatro horas e Berchielli ficou a maior parte do tempo sozinho com a auxiliar. Chegando em casa, ela sentiu dores e percebeu um sangramento no ânus e nas partes íntimas, o que durou dias. De início, a vítima não desconfiou de do abuso, pois foi avisada pelo médico de que ela havia menstruado durante o procedimento. Após dois meses, surgiu uma verruga no mesmo local onde a cirurgia foi feita.

Ao se consultar com uma médica-ginecologista em um pronto-socorro, ela foi alertada de que a verruga poderia ser uma doença sexualmente transmissível. Assim, seria necessário realizar uma biópsia para comprovar a hipótese. No entanto, com vergonha, a vítima não falou sobre o ocorrido com ninguém e não procurou ajuda.

Em 2022, ela retornou à clínica de Berchielli, por causa das dores, coceiras e a proliferação de verrugas. O médico realizou a biópsia solicitada pela ginecologista em 2019 e o resultado deu positivo para HPV. Apesar das perguntas íntimas realizadas pelo médico durante a consulta, a auxiliar optou por fazer a cirurgia com ele. Uma das justificativas foi o preço acessível cobrado pelo médico.

Na ocasião, a acompanhante foi a mãe da auxiliar. Ela tentou entrar na sala trancada onde o procedimento estava sendo realizado.

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Imagem: Metrópoles

Não houve nenhuma melhora: a mulher voltou a ter sangramento e dores nas partes íntimas.

Babá foi vítima há 12 anos

Em 2011, uma babá de 41 anos realizou uma consulta com Berchielli para a retirada de cistos e foi assediada pelo médico. Ele pediu para a vítima tirar a roupa justificando que iria aferir sua pressão e a apalpou. A babá também acredita que foi estuprada no momento do procedimento na clínica do cirurgião.

Uma das práticas feitas pelo médico, segundo a vítima, era de que ele cortava o dedo indicador de suas luvas. Depois, introduzia o dedo descoberto em suas partes íntimas durante as consultas.

Fonte: Metrópoles

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